Comunidades indígenas começam a receber kits para saúde bucal

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O Ministério da Saúde inicia hoje (24) a entrega de kits de higiene bucal para mais de 750 mil indígenas de todo país. Ao todo, foram comprados 2,6 milhões de kits para os 34 Distritos Sanitários Especiais de Indígenas (DSEI). A distribuição do material começa nesta sexta-feira (24), pela aldeia Kateté, no município de Tucuruí (PA).

Para a aquisição dos kits, foram investidos R$ 4 milhões. O valor corresponde uma economia de até 39% em relação à compra descentralizada feita pelos distritos indígenas. De acordo com o Ministério da Saúde, a economia na obtenção dos kits foi possível por conta da centralização do pedido no ato da compra, que elevou o quantitativo adquirido.

“A saúde começa mesmo pela boca e a escovação com uso de creme dental tem sido apontada como um dos principais fatores responsáveis pela redução da cárie no Brasil e no mundo. A distribuição dos materiais de higiene bucal tem o objetivo de garantir o acesso desta população ao material fundamental para a escovação, principal medida de promoção da saúde e prevenção de doenças bucais, reduzindo assim as inequidades em saúde”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Os kits para saúde bucal são compostos por escova de dentes adulto ou infantil, creme dental fluoretado e fio dental. O estojos serão repassados semestralmente da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) para os distritos, que os entregarão à população indígena.

A campanha faz parte do Programa Brasil Sorridente Indígena do Governo Federal, e, além da distribuição dos kits, também oferece atendimento odontológico. Segundo dados do Ministério da Saúde, 923 profissionais entre dentistas e auxiliares técnicos em saúde bucal atuam em aldeias em todo o país.

BRASIL SORRIDENTE INDÍGENA – A assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos. O Ministério da Saúde vem adquirindo equipamentos odontológicos e atualmente conta com uma estrutura instalada composta por 33 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), 228 consultórios odontológicos portáteis para atuação em áreas de difícil acesso, além de 462 consultórios odontológicos fixos e de 2.598 equipamentos odontológicos periféricos (otololimerizador, almalgamador, aultoclaves, entre outros).

Também houve construção e reforma de unidades básicas de saúde indígena, equipadas com consultórios odontológicos fixos, além da qualificação de 675 profissionais para realização do ART (Tratamento Restaurador Atraumático), tecnologia que permite a realização da restauração dentária para tratamento da cárie em localidades remotas e de difícil acesso, uma vez que dispensa a necessidade dos tradicionais consultórios odontológicos.

O Brasil Sorridente Indígena também visa a ampliação do acesso da população indígena ao tratamento especializado. Em outubro deste ano, o MS publicou a Portaria n° 2.663, que permite os estados e municípios a receberem recursos extras para ampliação e qualificação dos serviços prestados aos indígenas pelos Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Prótese Dentária, por meio do Incentivo a Atenção Especializada aos Povos Indígenas (IAEPI).

A saúde indígena deve receber, até o final deste ano, o maior investimento de recursos desde que o Ministério da Saúde passou a gerenciar a área: R$ 1,6 bilhão de reais. Este recurso é destinado às melhorias da qualidade de vida dessa população, como custeio das ações, pagamento dos salários dos profissionais e investimentos em edificações e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos. 

Redação/Rádio Terena

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