O delegado golpista da Polícia Federal, Marcelo Augusto Xavier da Silva, é o novo ouvidor da FUNAI, defensor das investigações dos índios Guarani-Kaiowá e ONGs em Mato Grosso do Sul.
O delegado golpista, agora ouvidor da FUNAI, foi assessor dos Deputados ruralistas Alceu Moreira (PMDB-RS) e Nilson Leitão (PSDB-MT) na CPI da FUNAI, criada pela bancada ruralista no Congresso e que pediu o indiciamento de vários antropólogos, indigenistas e procuradores da República. Contra os índios, pediu por escrito à PF que adote “providências persecutórias” contra indígenas e organizações não governamentais no Mato Grosso do Sul que “arregimentam mulheres, crianças e idosos”.
O delegado também solicitou ao Comando da Polícia Militar do Estado que “faça o patrulhamento ostensivo e atividades correlatas” para impedir que índios guaranis-Kaiowá entrem em propriedades rurais sobre as quais reivindicam a posse tradicional. Na CPI, o delegado participou de diligências ao lado dos parlamentares ruralistas em Santa Catarina.
“Colocar na ouvidoria da Funai um delegado da PF, notório jagunço do ruralista, para perseguir o CIMI [Conselho Indiginsta Missionário] e as lideranças indígenas, é um claro sinal do governo golpista É um estímulo aos massacres e a garantia da impunidade aos assassinos”, alerta o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Com o golpe de Estado e a ascensão direitista, os latifundiários obtiveram muito poder, esses são os principais inimigos dos índios e camponeses pobres no país, que manda são os coronéis locais.
Há única maneira dos índios conseguirem que suas reivindicações sejam alcançadas, é com a própria organização e luta, essa luta é contra o golpistas e seu consorcio, os latifundiários.
Redação/Rádio Terena