A inserção da mão de obra indígena nas plantações de frutas nos estados de Santa Catariana e Rio Grande do Sul é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Funtrab, empresas, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Aproximadamente 45 indígenas dos Municípios de Sidrolândia e Dois irmãos do Buriti liderados pelo Cacique Janis Reginaldo da Aldeia Água Azul foram contratados pela empresa para atuarem na colheita de maça no Município de Vacaria – RS e embarcaram nesta sexta-feira (26). O retorno está previsto para o mês Março.
Instalada em Vacaria (RS), a Rasip é uma das empresas que participam desse programa. Nos mais de 1.100 hectares de lavoura de maçã ela se utiliza da mão de obra de 1.600 a 1.800 trabalhadores e boa parte são indígenas de Mato Grosso do Sul. “A experiência tem sido boa, o desempenho deles (os índios) tem sido excelente e temos a segurança da efetividade no cumprimento do contrato de trabalho”, comenta o gerente de Produção da Rasip, Alecir Webber.
Os trabalhadores indígenas recebem salário de R$ 1.400,00 por mês mais a produtividade, sem custos de transporte, alojamento, refeição e assistência à saúde. Segundo Webber, o custo para a empresa chega a R$ 2.500,00 por indígena contratado. A Rasip é uma das grandes produtoras de frutas do país. A Frutini, outra grande empresa de Vacaria que também atua na área, todos os anos contrata os guarani-kaiowá e terena do Estado para o raleio e colheita. No momento, 273 indígenas estão trabalhando nas plantações de maçã da empresa.
“As boas iniciativas como esta, proporcionada pelo Governo de Mato Grosso do Sul, servem de exemplo para o restante do País, uma vez que percebem a importância mútua de trabalhador e empregador e que os povos indígenas têm direito de melhorar a qualidade de vida através da atuação no mercado de trabalho, havendo meios de garantir seus direitos e prevenir conflitos”, pontua o diretor da ABPM.
Redação/Rádio Terena