MS é o 5º em acesso à internet, mas tem 58% das casas sem rede de esgoto

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Parte de Mato Grosso do Sul está fincada no passado e outra se projeta ao futuro. O estado é o quinto do País em acesso à internet, contabiliza crescimento de 36% no número de smart TV, mas 58% dos domicílios não estão ligados à rede de esgoto e em 164 mil moradias, as pessoas ainda usam fogão à lenha.

Os dados são da pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, divulgada nesta quinta-feira (dia 26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo, que se baseia na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), apurou que havia, no ano passado, 901,53 mil domicílios em Mato Grosso do Sul, ligeira variação de 1,27% sobre 2016, com 890,16 mil moradias.

De acordo com a pesquisa, Mato Grosso do Sul se destaca nacionalmente em conexão à internet. Eram 672.424 domicílios com acesso à rede no ano passado, alta de 13% sobre 2016 (com 594.123 lares). A quantidade de 2017 corresponde a 74,6% do total de residências.

O índice sul-mato-grossense, que está acima da média nacional (de 70%), é o quinto maior do País, superado apenas pelos percentuais de São Paulo (80,9%), Santa Catarina (76,2%), Rio de Janeiro (75,9%) e Amapá (75%). De 2016 a 2017, Mato Grosso do Sul superou o Rio Grande do Sul (72,5% no ano passado).

Também houve crescimento acentuado na quantidade de lares com smart TV. Em 2016, havia 49.036 domicílios no estado com esse tipo de produto. No ano seguinte, subiu para 66.715, avanço de 36%.

Com isso, o número de lares com acesso à internet pela televisão se aproxima ao dos que usam o tablet (77.624 casas) para navegar na rede. O uso de tablet para esse fim caiu 14,47% – em 2016, eram 88.692 domicílios.

Preso ao passado – A tecnologia bate à porta do mesmo estado em que 525.558 famílias utilizam fossas sem ligação à rede de esgoto. Essa parcela corresponde a 58,3% dos domicílios de Mato Grosso do Sul. No ano anterior, eram 509.662 moradias, equivalente a 57,3% do total.

A pesquisa verificou redução de 376.126 para 373.525 (leve recuo de 0,7%) no número de lares sem acesso ao esgotamento sanitário. Com isso, o índice de domicílios com esse serviço básico caiu de 42,3% para 41,4%. 

A coleta de lixo, outro serviço básico, não atende 10% das residências de Mato Grosso do Sul. Outro dado, relacionado a esse, mostra que 57.060 famílias queimam o lixo no próprio quintal de casa. O número representa alta de 11,15% em relação ao do ano anterior (807.17651.335).

Também em milhares de lares de Mato Grosso do Sul, há pessoas que usam fogão à lenha. Conforme o estudo, são 164.304 famílias que cozinham dessa forma. Essa quantidade equivale a 18,2% dos domicílios do estado. No entanto, no ano anterior, o número era maior: 168.916 moradias com fogão à lenha, 19% do total. 

O estudo constatou, ainda, crescimento na quantidade de casas de taipa (com paredes revistas de barro). Eram 61.246 em 2016 e 76.960 no ano seguinte. A alta, de 25%, é outro indicativo de que a habitação de Mato Grosso do Sul deu alguns passos para trás.

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