Alerta: Casos de queimadas já superam em 53% números de 2017

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Vegetação na Aldeia Córrego do Meio destruída pelo fogo. Foto: Rádio Terena

O número de incêndios registrados em Mato Grosso do Sul este ano já é 53,16% maior que o total de casos computados em todo ano passado. Até esta segunda-feira (16), o Corpo de Bombeiros já combateu 2.201 casos em todo Estado.

Na comunidade indígena da TI Buriti é vulnerável a queimada por possuir extensão de matas que neste período sofre com a estiagem. Então á atenção para este período tem de ser redobrada para que não haja foco de incêndios. Recentemente, na aldeia Córrego do Meio um foco de incêndio foi registrado mas a ação de moradores foi rápida e o fogo atingiu pouco mais 1 km.

O número crescente de incêndios desperta a preocupação, principalmente porque, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a maior parte das ocorrências de fogo em vegetações e pastos é provocada de forma intencional.

“Há incêndios provocados por acidentes, como pontas de cigarro ateados em vegetação seca. Mas, o maior número das ocorrências é provocado intencionalmente. São pessoas que reúnem lixo, que limpam e capinam terrenos e pastos e que utilizam o fogo para eliminar os resíduos. São situações graves, já que as equipes que combatem fogo precisam se dividir entre as inúmeras ocorrências”, destaca o tenente-coronel Marcos Meza, da comunicação do Corpo de Bombeiros.

Tempo seco é vilão

Além da ação humana, a questão climática é um dos agravantes do aumento de incêndios nesta época do ano. No inverno seco de Mato Grosso do Sul, no qual a umidade relativa do ar é consideravelmente menor, abaixo do índice de 30%, a combustão de lixo pode ter proporções avassaladoras, além de ser crime ambiental.

A pena para quem cometer queimadas pode variar de reclusão de três a seis anos e multa, de acordo com o Artigo 250 do Código Penal, que considera crime queimar qualquer coisa em ambiente aberto.

“Nesse período de inverno a demanda aumenta significativamente e a guarnição que atende essas ocorrências por vezes precisa se dividir entre os chamados. A partir disso, tragédias podem acontecer. Quem ateia fogo para limpar o terreno, além de cometer um crime ambiental, pode por em risco os prédios vizinhos, já que o fogo pode se alastrar muito rapidamente”, informa.

No período de estiagem, também aumentam os casos de doenças respiratórias, sobretudo na população infantil e idosa. “A fumaça somada à secura agrava os problemas respiratórios e também fazem aumentar a demanda por atendimento médico-hospitalar. Toda consequência vai desaguar, inclusive, num impacto financeiro que poderia ser evitado”, conclui.

 

Redação/Rádio Terena

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