Dívida com PM pode ter motivado perseguição, disparos e invasão a aldeia em tentativa de assassinato

Veículo ficou retido na aldeia como garantia pelos danos causados

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Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima estava sentido Centro – BR, quando percebeu que estava sendo seguido por outro veículo que pegou a BR-163 depois do trevo da Bandeira. Ele acelerou para tentar se distanciar do veículo, mas continuou sendo acompanhado em alta velocidade.

Ao chegar próximo ao asfalto, percebeu que havia um HB20 branco estacionado na beira da estrada que começou a atirar em sua direção, a vítima acelerou e entrou na estrada novamente sentido ao trevo de Itaporã. Chegando no trevo que dá acesso a aldeia Jaguapiru entrou pelas vicinais da aldeia e acelerou mais uma vez se distanciando do veículo que o perseguia.

Depois de alguns minutos circulando pela aldeia percebeu que o outro veículo não estava próximo e parou em uma residência para pedir informação de como sair, neste momento o veículo apareceu novamente e retomou a perseguição, e que em fuga e em alta velocidade pelas estradas da aldeia acabou perdendo o controle e invadiu uma casa. A vítima saiu ensanguentada e ferida do veículo e neste momento vários indígenas já o cercaram, com facão paus e pedras, onde começaram a danificar o veículo.

Neste momento a vítima percebeu que estava com a cabeça sangrando e com a clavícula quebrada, que alguns indígenas perceberam que estava ferido e que foi chamado um indígena que parecia ser advogado, que o socorreu até o hospital da vida. No hospital foi informado que a lesão na cabeça seria decorrente de disparo de arma de fogo.

Conforme boletim de ocorrência, a vítima relatou que a alguns meses teve uma contenda com um policial militar lotado no terceiro Batalhão de Dourados. E que o reconhece como sendo um dos homens que atiram na estrada. Ele disse ainda que sabe que o militar tem um irmão que possui um veículo HB20 branco semelhante ao que viu no momento dos disparos.

Ainda de acordo com o registro policial, o desentendimento entre ambos começou por causa de uma conta em que o policial seria o credor da dívida no valor de R$ 7 mil a cerca de um ano. Há três meses recebeu uma ligação do policial que queria acertar as contas, mas que a vítima falou que não ia pagar enquanto o militar não apresentasse um cheque devolvido, que tinha em nome da vítima, no valor de R$ 8 mil.

A vítima acredita que o atendado seja por este motivo. Ele informa ainda que o veículo ficou retido na aldeia como garantia pelos danos causados ao indígena morador da residência. O caso foi registrado como tentativa de homicídio.

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