Grupo de aproximadamente 200 indígenas fazem reivindicação nesta quinta-feira (31) na Praça Ari Coelho, no Centro de Campo Grande. Os indígenas pedem pela proteção dos seus direitos e marcham na Afonso Pena, avenida principal de Capital do MS.
Dentre as reivindicações, pedem que a Funai (Fundação Nacional do Índio) não seja integrada com o Ministério da Agricultura, pois assim somente o ministério ficaria a cargo de demarcar as terras.
Em frente ao Coreto, o palanque da praça, lideranças indígenas discursaram e falavam palavras de ordem. O movimento faz parte do “Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais! ”, que aconteceu pelo país todo nesta última sexta-feira(31) e também estaria acontecendo em países da Europa.
Segundo o vereador indígena em Sidrolândia, Otacir Pereira Figueiredo, de 34 anos, o movimento faz parte da articulação dos povos indígenas do Brasil. “Estamos aqui reivindicando respeito pela população indígena, está acontecendo um massacre contra o nosso povo, estão ficando doentes por não demarcar a nossa terra”, disse a reportagem.
Além da transferência para o Ministério da Agricultura, os índios ainda lutam contra a transferência da Funai para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, contra a flexibilização e transferência do licenciamento ambiental para o mapa e pelo respeito aos tratados internacionais em especial o Acordo de Paris e o direito de consulta e consentimento
A mobilização é organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e apoiada pela Mobilização Nacional Indígena (MNI).