Contra a municipalização, Conselho local de saúde indígena do Polo base de Sidrolândia emitiu nota de repúdio

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Aconteceu nesta segunda-feira (18) na Aldeia Buriti a reunião ordinária do Conselho local de saúde indígena do Polo base de Sidrolândia que abrange a Terra Indígena Buriti (13 aldeias) dos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

Na pauta, a apresentação do novo coordenador de saúde local, novos funcionários e a polêmica declaração do Ministro da saúde Henrique Mandetta que pretende municipalizar a saúde indígena. Hoje é a união responsável por este serviço através da Secretaria da Saúde Indígena – SESAI.

Mandetta defende as mudanças. “Se temos um Sistema Único de Saúde, vamos ter um sistema paralelo de sáude indígena, mesmo quando o índio está dentro do meio urbano? Me parece que a resposta disso é logica: não tem porquê”. Afirma o ministro a folha.

O ministro da saúde admite que uma mudança na estrutura pode ser discutida. “ Hoje a Sesai só faz atenção básica. Se tem uma secretaria nacional de atenção básica, pode ser que essa secretaria consiga fazer a saúde indígena”, diz ele, que evita dar certeza sobre a mudança.

A Sesai, atualmente, mantem contratos com oitos organizações que são responsáveis pela contratação de trabalhadores de saúde. Em 2018, de R$ 1,5 bilhão destinados à saúde indígena, cerca de R$ 675 milhões foram direcionados às ONGs.

Para Mandetta, falta controle do uso desses recursos.

RETROCESSO

Por outro lado, lideranças indígenas de todo país são unânimes a não municipalização.

Na reunião, com a presença de moradores e caciques da TI Buriti a preocupação é que há risco de desassistência. Muitos relataram em experiencias na década de 90 quando a saúde era responsabilidade do município de que a saúde era muito precária e muitos morreram por falta de atenção básica de saúde. “Não tinha médico, transporte muito menos rémedio.” relatou um morador.

Presente na reunião o Coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul – DSEI/MS, Senhor Fernando Souza disse que defende a permanência do Subsistema e que os avanços na saúde são nítidos. …” é claro que teve melhorias, mas precisamos avançar mais e fortalecer o subsistema de sáude indígena.” Disse.

Confira nota de repúdio.

 

Gildson Gabriel/Rádio Terena

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