Indígenas das aldeias urbanas da capital celebram semana de valorização em feira cultural

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Foto. Minamar Júnior.

Indígenas das aldeias urbanas de Campo Grande iniciaram neste sábado (13) as comemorações da Semana da Consciência Cultural dos Povos Indígenas, promovida pela Prefeitura em alusão ao Dia do Índio, comemorado no próximo dia 19 de abril. Jovens fizeram apresentação da Dança do Bate-Pau na Praça Praça Oshiro Takimori, em frente ao Mercado Municipal.

Evandro destacou atrativos da cultura indígena. Foto. Minamar Júnior.
O evento atraiu a atenção de quem passava pelo local. “Escutei o som e aproveitei pra dar uma olhada. A cultura indígena me atrai muito. São muitos ensinamentos, as porcelanas, os chás, a cultura em si chama muito atenção”, observou o jornalista Evandro Strieder, de 39 anos.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD), vereadores e lideranças indígenas também participaram da comemoração. A Semana da Consciência Cultural dos Povos Indígenas foi instituída neste ano pela Lei Municipal 6.172, proposta pelo vereador Ademir Santana (PDT), que esteve presente na celebração. No evento, além da apresentação de dança estiveram à disposição do público artesanatos e comidas típicas indígenas da Feira Indígena.
“Na dança eu pude perceber a alegria nos olhos dos indígenas adultos. Como é encantador mostrar aos pequenos que devem continuar a tradição de seus pais e seus avós. É tão bom quando a gente respeita as tradições de cada povo”, comentou o prefeito Marquinhos na abertura do semana de valorização.

Regularização fundiária

Prefeito destacou trabalho de regularização fundiária em aldeias urbanas. Foto. Minamar Júnior.

Marquinhos destacou o trabalho que vem sendo feito pela administração municipal para promover a regularização fundiária das aldeias urbanas da Capital. De acordo com ele, há mais de 12 mil indígenas nesses locais.
“Os três locais indicados por eles já estão regularizados, faltando apenas um núcleo habitacional que nós vamos entregar ainda este ano. São núcleos espalhados em várias regiões da nossa cidade, temos no Imbirussu, no Anhanduizinho, na região do Bandeira e todos eles com a preocupação de dar a condição de uma matrícula, de um domínio. Eles têm a posse, mas não possuem um domínio”, explicou.
Reivindicações
Presidente da Associação da Feira Indígena, Vanda Albuquerque aproveitou para relembrar antigas reivindicações como a construção de um alojamento maior que possa abrigar as vendedoras. “Aqui quem mandam são as mulheres”, brincou. Ela também falou sobre as dificuldades que eles enfrentam e pediu mais atenção para o local.
Entre as reivindicações mais recentes dos indígenas está a oportunidade de se regularizarem por meio de inscrições no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para comercializarem seus produtos de maneira mais profissional.

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