Os servidores da saúde indígena que prestam atendimento as comunidades indígenas dos municipios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti estarão nesta segunda-feira (20) paralisando os serviços e fazendo um ato de protesto na sede do Polo base da Sesai em Sidrolândia.
O protesto é para cobrar dois meses de salarios atrasados da Missão Caiuá, orgão responsavel pela contratação dos servidores e que presta serviço à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão subordinado ao Ministério da Saúde.
“Estamos com os meses de Março e abril em atraso. Há colegas que chegaram ao limite e estão com suas contas atrasadas. A situação está complicada” disse um dos servidores.
Segundo informações, as 8:00 horas farão uma assembleia e decidirão se realmente ocorrerá a greve e como organizarão os atendimentos, ou seja, haverá atendimento aos usuários mas com diminuição de pessoal e de horas trabalhadas.
O polo Sidrolândia atende cerca de 14 aldeias, aproximadamente 4.550 indígenas.
Segundo a Missão Kaiowá, os reajustes governamentais estão atingindo todas as áreas, inclusive a saúde indígena e com a revisão orçamentária, consequentemente a Sesai também é afetada.
“Eles estão recalculando os repasses trimestrais, era para ter sido pago dia 9, mas com esse reajuste no cronograma, devemos pagar até o final do mês de maio, junto com o próximo salário já”, disse Sandro Bernardes, que faz parte da coordenação da Missão.
Além disso, Sandro explicou que eles atendem todo o Mato Grosso do Sul, são 780 profissionais da saúde, que atendem as aldeias, os repasses são feitos a cada três meses, e eles precisam administrar isso mês a mês. “Nós temos uma folha orçamentária de uns R$ 2 milhões, por mês. Esse repasse é feito a cada três meses, ou seja, recebemos o valor de três meses para administrar mês a mês. Estamos esperando o governo repassar para efetivarmos os pagamentos dos profissionais dos 15 pólos”, conclui.