Referência em sua proposta pedagógica de valorização étnica, o trabalho da Faculdade Intercultural Indígena (Faindi), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), será destaque do programa da Rede Globo, “Como Será?”. O trabalho vai ao ar neste sábado (13), no segundo episódio da série “Brasil em outras línguas”.
Com a série, o programa pretende mostrar iniciativas de preservação das línguas indígenas, chamando atenção ao risco de extinção de muitas delas, assim como povos e culturas que as permeiam.
No episódio de sábado, a repórter Mariane Salerno e sua equipe participam das atividades da etapa intermediária da Faindi, também chamada de “tempo aldeia”, realizada na Aldeia Rio Verde, em Tangará da Serra.
A reportagem também acompanha a oficina do projeto “Aspectos fonológicos da língua Nambikwara: subgrupos Mamaindê, Negarotê, Kithaulu, Wakalitesu, Sawantesu, Alantesu, Hahaintesu e Wasusu”, realizada na Aldeia Barracão Queimado, em Comodoro.
O objetivo da atividade é estudar as línguas desses subgrupos e formar linguistas da etnia Nambikwara.
À propósito, 2019 é o Ano Internacional das Línguas Indígenas, comemorado por membros e parceiros da agência das Nações Unidas (ONU) como alerta para a perda de línguas e de suas histórias, tradições e memórias indígenas.
Faculdade Intercultural Indígena
Com a Faindi, a Unemat já formou 450 professores, especializou 140 deles e, este ano, aprovou a oferta de curso de mestrado na área.
Os cursos de graduação são ofertados exclusivamente à formação de acadêmicos indígenas, seguindo uma metodologia desenvolvida em duas etapas: presencial e intermediária – está última também chamada de “tempo aldeia”.
Durante esse período, os estudantes realizam pesquisas, que podem estar associadas à investigação do trabalho de conclusão de curso (TCC) ou a componentes curriculares ofertados na etapa presencial, e ainda desenvolvem atividades de estágio. Todos são orientados por professores da Unemat.
(Com assessoria)