Governo cria conselhos de segurança após mortes de indígenas

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Em um dos casos, tio e sobrinho foram mortos a golpes de facão - Foto: Osvaldo Duarte / Dourados News

Após morte de cinco índios em uma semana no mês passado em Dourados, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) instituiu os conselhos comunitários de segurança nas aldeias Bororó e Jaguapiru para o triênio 2019 a 2022. A criação do conselho foi publicada na edição da última quarta-feira (17) no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul (DOE). 

A resolução institui que os conselhos terão como membros natos representantes da Polícia Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros. A diretoria dos conselhos será composta por quatro pessoas da comunidade. 

O  Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul fez um levantamento que apontou que as taxas de mortes de indígenas na região de Dourados chegam a 101,18 a cada 100 mil habitantes, o que supera a média nacional de 29,2 a cada 100 mil habitantes.

ASSASSINATOS

No dia 7 de junho, Rosilene Rosa Pedro, 34, e Osvaldo Ferreira, 38, foram mortos na aldeia Bororo. A mulher foi estuprada antes de ser assassinada e ambos foram mortos com golpes de facão. Filho do casal, de 9 anos, contou sobre o crime para a professora, que acionou a polícia. Dois homens foram presos suspeitos do homicídio.

Cinco dias depois, no dia 12 de junho, corpo de Júnior Abraão da Silva, 22 anos, foi encontrado dentro de um poço desativado, na área da Reserva Indígena. Ele foi agredido, apedrejado e jogado vivo no local por um rapaz de 20 anos e um adolescente, de 16, por ciúmes. O suspeito mais velho descobriu que a vítima mantinha um caso com sua namorada e planejou o crime.

Na manhã de sábado (15), tio e sobrinho foram encontrados mortos a golpes de facão nas proximidades da Missão Caiuás. Josias da Silva Machado, 48 anos, e Pedro Avila Morales Filho,19, foram encontrados por populares com várias marcas de facão e a polícia suspeita que o crime tenha sido cometido na sexta-feira (14) por um grupo de três ou quatro pessoas. Caso segue em investigação.

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