Mulheres indígenas e camponesas se unem em marcha por direitos

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MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Trabalhadoras rurais e pescadoras se reuniram a mulheres indígenas na Esplanada dos Ministérios na manhã desta quarta-feira (14) em protesto para pressionar o governo Jair Bolsonaro (PSL). O encontro marca o encerramento da 1ª marcha das Mulheres Indígenas, cujo mote é “Território: nosso corpo, nosso espírito”, e o início da marcha das Margaridas, com o tema de “luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência.”
 
A Polícia Militar estima a participação de 20 mil pessoas. Já os organizadores falam em 100 mil, de mais de 40 entidades de diferentes estados e países.
 
A marcha das Margaridas, realizada desde 2000 a cada quatro anos, foi batizada em homenagem à sindicalista Maria Margarida Alves, assassinada em 1983. O evento é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O mote deste ano é “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência.” “Margarida, presente!”, gritavam as organizadoras, em referência ao grito em memória à vereadora Marielle Franco.
 
As trabalhadoras demandam igualdade de gênero, o fim da violência contra a mulher, agricultura sustentável, restrições ao uso de agrotóxicos e reforma agrária, entre outras questões.E não pouparam críticas aos presidente Jair Bolsonaro e ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
 
Neste ano, pela primeira vez, não entregaram ao governo a pauta de reivindicações. Em vez disso, escreveram uma plataforma política com dez eixos temáticos para compartilhar com a sociedade.
 
Embaladas por uma trilha sonora que incluiu Elis Regina, Luiz Gonzaga e Geraldo Vandré, as manifestantes chegaram à Esplanada dos Ministérios às 10h. Algumas pessoas passaram mal e tiveram que ser socorridas por bombeiros.

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