Aldeia urbana da capital realiza oficina para valorização da cultura

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A oficina reuniu indígenas de todas as idades na Aldeia Água Bonita

Campo Grande (MS) – O resgate e a valorização da cultura indígena do Mato Grosso do Sul são os principais objetivos da oficina realizada nesta semana na Aldeia Água Bonita, em Campo Grande.

A oficina foi idealizada pela Secretaria Especial de Cidadania (Secid) e executada pelas mulheres da comunidade e pelas Irmãs Lauritas. “A cultura dos povos indígenas vem sofrendo profundas modificações, nossa intenção era fortalecer as tradições e valorizá-las. No decorrer do ano visitando algumas aldeias, nos foi repassado sobre o esquecimento da língua materna, assim como das danças e cantos. Então sugerimos a realização dessa primeira atividade em Campo Grande, incentivando as mulheres indígenas a confeccionarem seus próprios figurinos, resgatando a história e a identidade do seu povo, pensando em criar oportunidades para que possam apresentar sua cultura, incentivando inclusive outras comunidades”, explica a secretária Especial de Cidadania, Luciana Azambuja.

A oficina reuniu indígenas de todas as idades na Aldeia Água Bonita

Segundo a ‘Cacica’ Alicinda Tibério, na Água Bonita vivem 195 famílias de 03 etnias (Terena, Kadiwéu e Guarani) e a ação realizada resgata a cultura e memória dos antepassados. “Esse trabalho realizado aqui é importante, estamos construindo para a futura geração, buscamos nossos antepassados e estamos mostrando para nossos filhos, netos e bisnetos que vão celebrar a nossa história. Por mais que vivemos na cidade nós valorizamos a nossa cultura e isso aqui para nós vai seguir por longas datas. A dança da mulher terena estabilizou, mas a gente nunca deixou morrer”, ressalta.

A Congregação das irmãs Missionárias Lauritas contabiliza mais de 100 anos compartilhando a experiência de vida junto aos Povos Indígenas. Na ocasião as irmãs Elza, Rubiela e Marabelis realizaram junto com as mulheres indígenas uma avaliação da oficina. Reforçando o significado de cada pintura feita nos tecidos. “A mulher indígena que na dança leva consigo a cor vermelha, ela quer dizer que é mais ativa, forte e intensa. Já a mulher que se apresenta com a cor azul, leva a simbologia da paciência, da calma, do diálogo”, explicam. 

O encontro foi encerrado com a apresentação de dança das mulheres indígenas da Aldeia Água Bonita. “Estou muito feliz, essa é a nossa cultura terena. Nossas jovens ajudaram a fazer os desenhos, a pintar.  Minhas filhas, minhas netas, todas aqui juntas dançando”, destaca Márcia

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