Projeto de hortas agroecológicas será ampliado à outras aldeias de Sidrolândia

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Horta na comunidade 10 de Maio, em Sidrolândia/MS. Foto: Fátima Souza

Inédito no estado Projeto batizado de “Agricultura Periurbana em Comunidades Indígenas no Mato Grosso do Sul” vai expandir a outras 03 comunidades indígenas de Sidrolândia, Córrego do Meio, Nova Tereré e Lagoinha. A iniciativa foi intermediada pelo presidente da Associação da aldeia 10 de Maio, Sr. Adão Alves Custódio, que já é beneficiado pelo projeto e tem o apoio do deputado Vander, Zeca, UFMS, Agraer e Prefeitura de Sidrolândia. A iniciativa tem o objetivo de gerar renda e contribuir para a autonomia e sustentabilidade das famílias envolvidas no projeto.

“Um projeto que deu certo em nossa comunidade e queríamos que outras comunidades também pudessem se beneficiar. Graças ao deputado Vander, grande parceiro nosso e que atendeu nosso pedido de expandir, ele (Vander) vai enviar uma emenda parlamentar para isso.” Explicou, Adão

Segundo Adão, a alface é o principal produto cultivado, além da rúcula, tomate, cereja, almeirão, jiló, berinjela, pimentão, quiabo, abobrinha, entre outros. O projeto incentiva, também, que a comunidade consuma mais alimentos saudáveis. 

“São mais de 50 famílias que pegam as hortaliças doadas duas ou três vezes por semana. Depois os produtos são vendidos na feira, atendendo também as comunidades vizinhas”. Além de abastecer estas comunidades, o projeto está inscrito no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para abastecer, no próximo ano, escolas das comunidades Córrego do Meio, Lagoinha e Tereré.

Segundo a coordenadora do projeto. professora Vanderleia Mussi, da UFMS,  a expansão deste projeto a outras comunidades foi possível porque o projeto implantado na primeira fase foi positiva e também pelo potencial energético e escala de produção.

“As comunidades que já desenvolvem este projeto tiveram uma escala de produção de fevereiro a agosto um saldo favorável de 106 mil reais.”

Vanderleia enfatiza que este projeto traz desenvolvimento sustentável e autossustentável a comunidade indígena e aumenta a possibilidade de uma qualidade de vida melhor.

“Isso prova e desconstrói aquilo que muitas vezes é colocado que os povos indígenas não trabalham e não são produtivos.” Destaca a professora.

Ivan de Oliveira (Secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente) de Sidrolândia destacou a grande parceria que o município tem para que este projeto possa ser desenvolvido.

“Vamos apoiar com a contrapartida que cabe a nós como poder público (caixa d’água, calcário, poste, substratos) e dar condições para a comunidade produzir. Temos orgulho da comunidade indígena que produz para a sua subsistência, abastece as escolas com produtos e envia até para capital.” Relatou o secretário.

1ª fase

Na primeira fase, o projeto atendeu as aldeias Água Bonita (Campo Grande), 10 de Maio (Sidrolândia) e Aldeinha (Anastácio).

Cada comunidade recebeu uma estufa com 84 metros quadrados e áreas com telas, todas equipadas com sistema de irrigação, o que permite a produção mesmo no Verão, quando as chuvas e o calor são intensos. Também são fornecidos insumos, sementes e ferramentas. Nas estufas são produzidas mudas de verduras folhosas (alface, couve, cheiro verde, almeirão, rúcula etc.) que serão transplantadas nos canteiros telados. O modelo de produção é sustentável, com economia de energia e água, e manejo de pragas sem uso de defensivos químicos.

Ano 2020

O projeto atenderá 16 comunidades, 2.080 famílias, aproximadamente 11.800 pessoas.

 

* Colaborou Jucimar Clementino

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