A imagem de uma estudante do colégio Nota 10, aprovada em 1º lugar no curso de Medicina pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), causou polêmica e circulou hoje nos grupos de WhatsApp. A jovem, de 19 anos, branca, foi aprovada como cotista indígena.
A família da jovem disse que foi erro no momento da inscrição, que a estudante está arrasada e não irá fazer a matrícula no curso da universidade.
A foto fez parte da campanha da escola para mostrar os alunos aprovados nos vestibulares do País e foi publicada nas redes sociais da instituição. A jovem de fenótipo branco chamou atenção pelo intertítulo de “1º lugar -cotista indígena” no curso de Medicina da UFGD.
Logo depois da repercussão, a imagem foi retirada. A assessoria da escola informou ao Campo Grande News que foi a própria aluna quem entrou em contato com a instituição pedindo para retirar a foto da campanha e informando que houve erro no momento da inscrição.
Segundo informações da central de seleção da UFGD, é sempre possível que o candidato se engane, mas prefere não se manifestar especificamente sobre o caso. A central explicou que a instituição abre campos separados para três possibilidades de inscrição: “acesso universal” (sem restrições de raça ou econômica), por “cotas” (subdividido por negro, pardo, índio e renda de até 1,5 salários mínimos) e a terceira, adotada a partir deste vestibular de “reserva de vagas universais para indígenas”.
A assessoria da UFGD informou que este terceiro quesito foi uma reivindicação interna da universidade, sendo mais uma opção para a comunidade indígena.
A reportagem simulou a inscrição para curso de Medicina como se fosse cotista indígena e identificou os campos citados para uso do estudante. Mesmo fazendo opções diferenciadas – como “reserva de vagas universais indígenas” e “ampla concorrência”, o sistema finaliza a inscrição, porém, mostra na etapa final como foi encerrado o processo.
Recomendação – A informação da central de seleção é que para efetivação de matrícula, o aluno aprovado terá que apresentar documentação que comprove a condição de cotista.
No caso do índio, é necessário, por exemplo, apresentar documento emitido pela Funai (Fundação Nacional do Índio) ou de liderança indígena que comprove a descendência.
Porém, sendo desclassificado como cotista, segundo informação da central de seleção, o aluno não é eliminado de imediato, mas tem sua pontuação transferida para a concorrência geral, seguindo recomendação do MPF (Ministério Público Federal). Na UFGD, foram abertas 20 vagas neste 1º semestre e mais 20 para o 2º semestre, além de 50% do total pelo SiSu (Sistema de Seleção Unificada).
Com informações CampoGrandeNews