Para falar sobre esse trabalho, o Brasil em Pauta recebe o presidente da Funai, o delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier.
Na entrevista ao jornalista Paulo La Salvia, o presidente da fundação defende o etnodesenvolvimento, “dando ocupação para [os índios] permancerem nas aldeias, apoiados em uma atividade sustentável”.
Xavier deu como exemplo os índios da etnia Paresi, no Mato Grosso, que plantam 18 mil hectares de grãos. “Isso traz R$ 20 milhões ao ano, beneficia diretamente 2 mil famílias e representa, do territorio deles, 1,5%. Foi desempenhado em áreas degradadas, é absolutamente sustentável. Agora, com o território preservado, ele querem introduzir o turismo”, informou.
A mineração em terra indígena também foi assunto da conversa. O presidente da Funai esclareceu que essa atividade já existe nas aldeias e a regularização é “um anseio” dos índios. “O garimpo ilegal exste nas aldeias, nós precisamos regulamentar isso. Precisamos de uma legislação que ampare o indígena que deseje desenvolver lá esse tipo de atividade. Que mal há nisso?”, declarou.
O projeto de lei que libera a mineração em terras indígenas também prevê a exploração de energia e de hidrocarbonetos (petróleo) nas TI. A Funai, informou Xavier, faz uma interlocução em favor da medida no Congresso Nacional. “O projeto traz um benefício ao Brasil. Não tem nada de irregular, pelo contrário, traz mais transparência ao que se passa nas áreas indígenas”, disse.
Segundo a Constituição, o Estado brasileiro deve garantir a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas.
Como sem intermediário, o presidente da FUNAI é Ruralista, os intermediários serão eles. Outrossim não é verdade que esse tipo de atividades sejam sustentáveis. Etnodesenvolvimento é outra coisa, bem diferente. Mineração é terra arrasada.
Os Parecis, têm o dever, obrigação de participarem das atividades de produção. Todavia, não o fazem. Somente esperam, o pagamento, placidamente sem a participação. Muitas vezes, antes do término do plantio/colheita, já receberam o dinheiro do “aluguel”. E são remunerados por preços abaixo do mercado.
Há quem passe por um bosque e só veja lenha pra fogueira.