Mato Grosso do Sul passará a contar com 13 vereadores indígenas depois das eleições de 2020. No entanto, nem a capital Campo Grande e nem em Dourados, cidade com a maior população indígena do Estado, nenhum índio foi eleito para o legislativo municipal.
Os parlamentares ocuparão assentos nas cidades de Japorã, Coronel Sapucaia, Dois Irmãos do Buriti, Ambai, Miranda, Sidrolândia, Antônio João, Nioaque, Paranhos e Douradina.
O Estado tem a segunda maior população indígena do Brasil, ficando atrás apenas do Amazonas, que conta com 135,8 mil indígenas. Em todo MS são 39 terras indígenas reconhecidas.
São eles:
No total, foram eleitos, pelo menos, 220 indígenas no último domingo: 10 prefeitos, 10 vice-prefeitos e 200 vereadores. Nesse universo, 34 eleitas são mulheres, isto é, 15% do total. Além disso, os quilombolas contam agora com um prefeito, um vice-prefeito e 55 vereadores.
As informações sobre indígenas que assim se autodeclararam à justiça eleitoral são do portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Esses candidatos somam 206 pessoas. Até agora, há, no entanto, pelo menos 14 candidaturas que optaram por não se autodeclarar indígenas no site do tribunal, mas que foram mapeadas e contabilizadas por organizações vinculadas à Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) por serem lideranças publicamente reconhecidas como indígenas.