Governo Federal conclui 1ª fase do programa Ilumina Pantanal

Ao todo, o programa beneficiou 2.167 unidades consumidoras no Pantanal sul-mato-grossense, a maioria com energia solar

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Foto: TV Brasil

Depois de atender as famílias de ribeirinhos e produtores rurais de áreas remotas do Pantanal sul-mato-grossense, agora a energia elétrica chegou até as aldeias indígenas da região. Essas comunidades estão recebendo energia limpa e renovável por meio do programa Ilumina Pantanal, desenvolvido pelo Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e a distribuidora local de energia. O programa antecipou em dois meses a entrega da primeira fase do fornecimento de luz por fonte solar às famílias beneficiadas.

Entre as comunidades beneficiadas está a Aldeia Uberaba, da Etnia Guató, onde vivem cerca de 200 pessoas. A aldeia está localizada na ilha Ínsua, a 350 km de Corumbá, próxima da divisa com o estado de Mato Grosso. Para chegar até lá, é necessário navegar por 10 horas de lancha rápida.  “Para minha comunidade, a energia é tudo. A vida das pessoas vai melhorar muito. [O povo] vai poder guardar seu alimento no freezer, na geladeira. Estamos muito felizes”, afirmou o cacique Osvaldo Correia da Costa.

“Para minha comunidade, a energia é tudo. A vida das pessoas vai melhorar muito. [O povo] vai poder guardar seu alimento no freezer, na geladeira. Estamos muito felizes”, afirmou o cacique Osvaldo Correia da Costa.

Ao todo, o programa beneficiou 2.167 unidades consumidoras no Pantanal sul-mato-grossense. Essas moradias representam em torno de 5 mil habitantes, que vivem em uma área de 90 mil km² nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda, todos no Mato Grosso do Sul.

A maior parte, cerca de 2.090 famílias, está recebendo energia de fonte solar, por meio do Sistema Individual de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFI). As características geográficas e climáticas do Pantanal sul-mato-grossense são muito específicas. Para muitas famílias que ali residem, não é possível a chegada da energia por meio de redes de energia convencionais. Por isso, esses moradores foram atendidos com um kit de geração de energia solar, composto por quatro placas fotovoltaicas, uma bateria de lítio e tomadas e lâmpadas leds. Somente 77 famílias recebem energia por meio de rede de distribuição convencional.

O projeto recebeu investimentos de cerca de R$ 134 milhões. Desse montante, R$ 76 milhões, que representa 60% do custo total das obras, foram disponibilizados pela Conta de Desenvolvimento Energético, fundo setorial que financia diversas políticas públicas com recursos de subsídios privados e públicos, com uso de recursos do Orçamento Geral da União. O restante, 40%, foi feito pela distribuidora local.

O Ilumina Pantanal faz parte do Programa de Eletrificação Rural do Governo Federal, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e tem como foco universalizar o acesso à energia elétrica em todo o país. Uma vez atendida a meta de universalização, a próxima etapa para concessionária consiste no atendimento contínuo de novas demandas ou do aumento de cargos, dentro dos prazos estabelecidos na regulação para o fornecimento de energia elétrica. A maior disponibilidade de energia elétrica na região estimulará novos investimentos, que, por sua vez, vão demandar mais ligações e melhor atendimento, sendo esse atendimento contínuo, o papel principal das distribuidoras.

A iniciativa de levar energia elétrica para uma das regiões mais remotas de Mato Grosso do Sul nasceu após mais de cinco anos de pesquisas. Um dos pontos principais levados em consideração durante o planejamento foi a preservação do bioma, que é Patrimônio Natural da Humanidade.

 

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