O Ministério das Comunicações (MCom) anunciou na semana passada o envio de mil chips da operadora Correios Celular para a Reserva Indígena Yanomami, em Roraima e Amazonas, facilitando a comunicação entre os grupos humanitários que atuam na crise indígena possibilitando acesso à Internet, ligações via rede móvel e envio de mensagens por SMS.
O Correios Celular é uma operadora virtual (MVNO) que pertence à estatal sendo operada pela Surf Telecom, que utiliza a infraestrutura e cobertura de 2G, 3G e 4G da TIM, portanto é preciso que o local tenha o sinal dessa operadora para poder funcionar sem intercorrências.
Entretanto, informações obtidas pelo jornal O Estado de São Paulo afirmam que esses chips não podem operar nos locais em que integrantes Força Nacional do SUS e outras equipes estão. Isto acontece pois nessa região de difícil acesso não há sinal de rede celular das principais operadoras, dessa forma a comunicação é feita apenas por satélite ou rádio.
Em nota conjunta à imprensa, o MCom e os Correios afirmam que o envio dos chips às equipes que trabalham com os indígenas Yanomami não foi uma ação em vão, pontuando que “Naturalmente, a localização dessas equipes é dinâmica, entretanto, suas bases possuem a cobertura do serviço. Portanto, a informação de que os chips não funcionam não é verdadeira”.
De acordo com o governo, cada chip foi enviado com R$ 40 de créditos que podem ser usados pelas pessoas que estão trabalhando na região. Esse valor deve ser recarregado no posteriormente, garantindo que os funcionários possam usar os serviços da companhia em áreas com sinal de rede móvel.
A Reserva Indígena Yanomami, em Roraima, foi contemplada com pontos de conexão via satélite instalados pelo Ministério das Comunicações, por meio da Telebras, e pela empresa Starlink, sendo 15 antenas do modelo T3SAT (Terminais Transportáveis Telebras por Satélite), que se conectam através do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).