A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) afirma que foi vítima de racismo e violência política contra as mulheres durante sessão na Comissão de Povos Originários, pelo deputado federal, Dorinaldo Malafaia (PDT – AP).
“Fui atacada publicamente pelo deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), do meu estado, Amapá, e constrangida com uma acusação de “estelionatária de etnia indígena”.
Silvia diz que entre as testemunhas do fato, estavam a ministra de Povos Originários Sônia Guajajara, assim como a presidente da comissão, a deputada federal Célia Xacriabá. “Que nada fizeram diante do discurso racista do parlamentar”.
A deputada também nega que tenha feito uma declaração transfóbica.
“Ao ouvir as falas racistas, machistas, misóginas e violentas do deputado em relação a mim, que ressalte- se, não teve qualquer aparte sobre o flagrante racismo cometido, questionei a ele, num comparativo, de que somos obrigados a aceitar um homem que se autodeclara mulher e uma mulher indígena não é aceita? Não aceitam no parlamento uma mulher filha do Norte, filha de Waiãpi, que está investida em mandato eletivo pelo povo, por quê? O combate a não aceitação não deve ser seletivo por essas autoridades e o inteiro teor do que houve deveria ser divulgado. Corte estratégico de imagem não é fazer informação ou justiça, pois meias verdades são mentiras inteiras”.
Silvia questiona a postura conivente de Sônia Guajajara.
“Uma ministra que compõe um Grupo Interministerial, que institui um Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de elaborar a proposta da Política Nacional de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres, vendo à sua frente uma violência política contra uma mulher indígena, nada fez, corroborando com o aludido ataque”.
Com essa situação, o Partido PL vai entrar com um representação contra o Malafaia. Assim como a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados.
Perseguição de Malafaia
Não foi a primeira vez que Malafaia atacou a deputada. “ Fui vítima de racismo, misoginia e violência política contra a mulher. Ele está fazendo isso desde 8 de janeiro, quando me acusou de estar depredando em Brasília, quando eu nem sequer estava lá. Depois me acusou de genocídio dos yanomami, agora isso”, conta Waiãpi.