O Dia do Índio é celebrado no Brasil em 19 de abril, com o objetivo de homenagear e valorizar a cultura dos povos indígenas, que são os primeiros habitantes do território brasileiro. E nós podemos utilizar essa data para refletir sobre valores cristãos que são relevantes para essa celebração.
Um desses valores é o respeito à diversidade cultural. A Bíblia nos ensina que Deus criou todas as nações e línguas e que todas são igualmente importantes para Ele. Em Apocalipse 7.9, lemos: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”.
Essa passagem nos mostra que a diversidade é uma expressão da vontade de Deus e que devemos respeitar e valorizar todas as culturas que não tenham práticas contrárias à mensagem do Evangelho, pois nesse caso nasce o nosso dever de apresentar-lhes Jesus e sua obra na cruz como único caminho.
Outro valor cristão relevante para o Dia do Índio é a valorização da vida, especialmente a vida dos mais vulneráveis.
Os povos indígenas do Brasil muitas vezes enfrentam dificuldades e desafios, como a falta de acesso à saúde e educação, a perda de suas terras e a discriminação. Como cristãos, temos o dever de defender os direitos humanos e trabalhar pelo bem estar comum, incluindo o direito que tais povos possuem de ouvirem a mensagem do evangelho, a fim de garantir que todos possam viver com dignidade e plenitude.
Além disso, podemos refletir sobre Jesus que valorizava o conhecimento dos povos simples e humildes, como os pescadores que se tornaram seus discípulos, e nos ensinou que devemos ter um coração aberto para aprender com todos.
Em resumo, embora o Dia do Índio não possua uma conexão direta com o Evangelho, essa celebração nos convida a refletir sobre valores cristãos relevantes, como o respeito à diversidade cultural, a valorização da vida e o direito que eles possuem de ouvirem a mensagem do Evangelho, não podendo ser privados disso por nenhuma entidade pública ou privada, sob o falso pretexto de proteção cultural.
Como cristãos, temos o dever de apresentar-lhes Jesus e a sua obra na cruz como o único caminho, defender os direitos dos povos indígenas e trabalhar pelo bem-estar comum, a fim de construir um mundo mais justo, digno e pleno para todos.
:: Mariel Marra
Mariel é pastor, teólogo e advogado conservador, pós-graduado em direito público. Líder do ministério beneficente e de assistência social chamado Doe Esperança. Você pode entrar em contato com ele através do instagram @advmarielmarra
*A foto é da Lagoinha Marabá, no Pará, quando dezenas de indígenas da Tribo Kateté estiveram presentes no culto de celebração, em Junho de 2022. A igreja ouviu a Palavra e os desafios que eles enfrentam.