Para preservar a cultura e a língua indígena Ofaié, estudantes da Escola Estadual Debrasa, em Brasilândia, estão desenvolvendo o projeto de meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão.
Conhecidos como o “povo do mel”, por conhecerem as abelhas de cada espécie, cultivarem produtos e terem hábitos alimentares específicos, o projeto quer preservar a cultura da língua materna e também os costumes da etnia.
A capacitação em apicultura para adultos já era realizada há dois anos na aldeia, e foi recentemente iniciado o curso de meliponicultura para os alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental, da Extensão Ofaié da unidade da REE (Rede Estadual de Ensino).
Os alunos, sob a supervisão da engenheira agrônoma da Agraer, responsável pelo projeto, Francielle Malinowski, atuam na captura do enxame, e a previsão é de que a produção de mel seja efetiva nos próximos meses. O mel deste tipo de abelha é muito valorizado para consumo e tem propriedades farmacológicas para evitar e tratar doenças respiratórias.
Línguas Indígenas
Com 80 mil indígenas de oito etnias – guarani, kaiowá, terena, kadwéu, kinikinaw, atikun, ofaié e guató –, o Estado tem a segunda maior comunidade do Brasil.
O Plano Estadual das Línguas Indígenas prevê atuação específica para as três línguas em vias de extinção que são kinikinau, ofaié e guató, além da Língua Terena de Sinais, que é a única língua indígena de sinais reconhecida no Brasil.
A revitalização da língua é um processo a longo prazo, com previsão de ocorrer no período de 10 a 20 anos.