Agraer realiza visitas técnicas aos produtores indígenas no interior de Mato Grosso do Sul

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Visitas às comunidades indígenas foram aprovadas pela equipe técnica da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), instituição ligada a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), com intuito de sentido como necessidade do produtor indígena de Mato Grosso do Sul. 

Além da divulgação do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul (Proacin / MS), uma iniciativa com a melhoria de melhorar a produção de agricultores familiares de comunidades indígenas, de acordo com as especificidades culturais de produção de cada local. 

As visitas técnicas aconteceram nas comunidades em Sidrolândia, nas Aldeias Lagoinha, Córrego do Meio e Dez de Maio e em Dois Irmãos do Buriti. Registros realizados em Nioaque, aponta que uma aldeia Cabeceira é composta por aproximadamente 112 famílias, sendo em média 60 produtores familiares; Água Branca composta por aproximadamente 76 famílias, com 15 produtores familiares; Brejão composta por 148 famílias, com 100 agricultores.

O pesquisador da Agraer, Tércio Jacquas Fehlauer, explica que o encontro é realizado através de diálogo e troca de informações, para que eles possam compreender as situações de cada produtor. 

“Participei da visita em Nioaque e o objetivo era articular uma reunião conjunta entre a Agraer e a Funai referente à política pública para as comunidades indígenas. A primeira abordagem queria saber o que de fato os indígenas desejam e precisar para melhorar suas atividades produtivas. Visitamos as quatro aldeias do município: Cabeceira, Taboquinha, Água Branca e Brejão ”, pontua. 

De acordo com o especialista, como áreas regulares do serviço de assistência técnica. “Constatamos um problema em comum: a terra enfraquecida, esgotada, falta um tratamento completo e personalizado, falta adubação corretiva”, justifica Fehlauer.

Alguns aspectos rurais interferem no desenvolvimento das comunidades rurais, é o que explica Loreta da Silva de Souza Pereira, coordenadora do Proacin. 

“De maquinário, a agroindústria ou apenas técnica, essa foi a constatação de que são vários os tipos das demandas dos indígenas do Estado. Em Nioaque, por exemplo, eles possuem 700 quilos de mel, mas vendem a produção por intermédio de atravessador porque eles não têm o SIM – Serviço de Inspeção Municipal, por exemplo ”, esclareceu. 

Por fim, a coordenadora ressalta que, “estamos coletando dados a fim de reafirmar o Proacim, programa do Governo do Estado, a ideia é fornecer subsídio, mas de forma assertiva, para que os indígenas permaneçam no campo com qualidade de vida, produzindo para subsistência e comercialização de seus produtos ”.

Oenisom Gabriel André, presidente do Conselho Tribal da Aldeia André, entende o encontro como um meio para melhores políticas públicas voltadas aos indígenas. 

“São 65 famílias em nossa aldeia. Atualmente, nossa produção é baseada na mandioca, banana, maca, e outras culturas como milho, feijão de corda, estamos inovando cultivando a laranja e o limão Taiti, e um pouco de Pokã. Abrimos uma agroindústria, para a produção de suco natural de laranja, mas a venda ainda é por atravessador ”, pontou.

Ele ainda ressaltou que a visita foi de grande valia para uma população indígena. “Hoje, nossa necessidade é uma patrulha mecanizada. Com a visita, a Agraer suas necessidades, o desabafo da maioria da população indígena, sobre nosso dia a dia ”, saliente a liderança. 

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