Funai apoia produção de mel em aldeia do Mato Grosso do Sul

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Foto: Divulgação/Funai

Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da Coordenação-Geral de Etnodesenvolvimento (CGEtno) e da Coordenação Regional (CR) de Campo Grande, vem apoiando o projeto “Criando Abelhas, produzindo mel e gerando renda na Aldeia Cabeceira”, elaborado pela Associação de Produtores de Mel da Aldeia Cabeceira (Amelca), de Nioaque (MS). A Funai é um dos parceiros da iniciativa, garantindo a aquisição de equipamentos e incentivando os grupos de apicultores indígenas a buscar autonomia na condução das atividades.

O incentivo da Funai ao projeto é fruto de uma chamada pública, promovida pela CGEtno, que selecionou propostas para ações emergenciais de geração de renda e promoção de segurança alimentar, no contexto do enfrentamento à pandemia de covid-19.

O projeto busca atingir uma produção de 12kg de mel por melgueira ativa por ano (cerca de 3 toneladas anuais), além de obter certificado de produto orgânico para o mel produzido pelos indígenas e para a produção de mel das Terras Indígenas Nioaque, Limão Verde e Ofayé, bem como aumentar a renda dos produtores indígenas e capacitá-los em todas as etapas de produção apícola.

Foram investidos R$ 70 mil no projeto para aquisição de vestimentas para apicultura (macacão, luvas e botas), caixas ninho (colmeia Langstroth) e melgueiras. Além disso, foram adquiridos pela CR Campo Grande equipamentos para o processamento de mel, incluindo tanques de decantação, cilindros alveoladores, mesas, centrífugas, entre outros materiais, sempre buscando valorizar as iniciativas já em curso nas comunidades atendidas e pensando em garantir a melhor estrutura para extração, processamento, envase e comercialização do mel produzido.

“As vantagens da atividade vão além dos ganhos econômicos da apicultura. Os grupos de apicultores indígenas têm grande engajamento na conservação e recuperação das áreas de matas em suas comunidades”, comenta o coordenador da CR Campo Grande, Leopoldo José Costa.

O crescimento do mercado de mel no Mato Grosso do Sul despertou o interesse de comunidades indígenas sob jurisdição da CR de Campo Grande, especialmente Ofayé e Terena, que passaram a investir na produção apícola. O projeto foi adaptado para contemplar, também, os grupos de apicultores da Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, e da Aldeia Anodi, em Brasilândia.

Na Aldeia Limão Verde, os criadores estão organizados em torno do Coletivo Hó’o Mopó. O projeto vem evoluindo, também, para ampliar a participação das mulheres na atividade e contemplar a criação de abelhas sem ferrão, buscando recuperar as variedades nativas.

Assessoria de Comunicação/Funai

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