Morreu no sábado (12) o criador e coordenador-geral dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, Carlos Terena, aos 66 anos. Ele estava há 17 dias internado no Hospital das Clínicas de Ceilândia (DF). O indígena lutava contra a covid-19 e possuía diversas comorbidades. Carlos deia duas filhas, Melissa Mõngé, de 30 anos, e Maíra Elluké, de 36; e a esposa, Terezinha Batista, de 62 anos.
Nascido no distrito de Taunay, em Aquidauana, Carlos Terenas foi jovem para Brasília onde ficou conhecido pelo seu ativismo nas causas dos povos, como demarcações de terras e preservação da cultura, esportes e tradições indígenas.
O velório ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, Templo Ecumênico II, com velório a partir das 12h e sepultamento às 14h.
Além de deixar um legado com a criação dos jogos mundiais, ele também marca a história dos povos ao ser responsável pela fundação do Conplei (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas). Carlos era servidor aposentado da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Em nota, a comissão organizadora dos Jogos lamentou a morte do indígena. “Carlos Terena será sempre lembrado por sua coragem, intrepidez, inteligência e sabedoria ancestral”, disse a entidade.
“Deixa um grande legado de história e companheirismo”, disse a Conplei. Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ocorrem desde 2015. Neste ano a competição foi suspensa devido à pandemia da covid-19.