Além de atendimento móvel, Defensoria consegue levar vacinação para indígenas em Dourados

0
150
Foto: Divulgação

Mateus Ortiz é morador da aldeia Bororó em Dourados. O indígena estava sem RG e precisava tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19.

Sem meios de locomoção e morando em uma área de difícil acesso, ele estava impossibilitado de resolver suas pendências até que, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio da Van dos Direitos, levou o atendimento móvel até a comunidade nesta terça-feira (13).

Além de dar encaminhamento a segunda via do seu registro, o assistido também conseguiu ser imunizado. Isso porque, a partir do pedido da busca ativa feito pela Defensoria, o município em parceria com o CRAS disponibilizou equipes para realizar a vacinação no local de atendimento.

A emoção foi ainda mais forte já que Mateus recebeu a dose reforço das mãos de uma indígena, a acadêmica do curso de enfermagem da UEMS, Nádia Ortiz.

Conforme a primeira subdefensora pública-geral, Maria Rita Barbato, o atendimento móvel para as comunidades indígenas no Estado será contínuo.

“Inédito na história da Defensoria, o atendimento móvel já levou o acesso à Justiça para pessoas em situação de rua da Capital e agora para comunidades indígenas da região de Dourados. Comunidades quilombolas e outras regiões periféricas também devem receber a modalidade de atendimento da instituição”, adiantou a primeira subdefensora pública-geral.

Móvel, presencial e seguro

De acordo com a coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica (Nupiir), defensora pública de Segunda Instância, Neyla Ferreira Mendes, o primeiro atendimento móvel para indígenas também marca o retorno do atendimento presencial para essa parcela da população.

“A Defensoria Pública de MS busca sempre estar próxima as comunidades indígenas, e devido a pandemia defensores e defensoras públicas não conseguiram frequentar esses territórios desde o ano passado. Contudo, como o Estado avançou rápido na imunização coletiva hoje o atendimento móvel marca o retorno deste atendimento in loco”, destacou.

Com uma demanda reprimida devido a pandemia, foram distribuídas senhas para o atendimento móvel da instituição. Servidoras e servidores ofereciam álcool em gel para higienização e fiscalizavam o uso de máscara por parte dos assistidos. Na sequência, eles eram encaminhados para defensoras e defensores públicos que precisaram revezar os locais de atendimento entre a Van dos Direitos e mesas distanciadas na área externa de área do CRAS da aldeia Bororó.

“Diante da constatação de que na região de Dourados existia uma baixa vacinação da segunda dose e também porque não foi atingida a meta com relação a primeira dose, a Defensoria Pública de MS junto com o MPF e DPU pediram para que fosse realizada uma busca ativa desses indígenas que não foram imunizados. Diante deste pedido, foi realizada durante 15 dias uma procura de casa em casa para ser montada uma estrutura para a vacinação”, destaca o defensor público, Leonardo Ferreira Mendes, titular da DPE/MS de Defesa da Saúde.

Segundo o defensor público, só na última semana foram aplicadas 959 doses sendo: D1 Coronavac – 30 doses; D2 Coronavac – 385 doses; e Janssen – 544.

Envie seu Comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here