Artilheiro do time indígena Atlético Moreira, Kauã é uma das revelações da Copa Morena

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Criado em 2017, o Clube Atlético Moreira disputa pela primeira vez a Copa Morena de Futsal. Todos os 15 jogadores do elenco, são naturais das aldeias indígenas Moreira e Lagoinha, do município de Miranda. Kauã não sentiu a pressão e marcou 7 gols, fundamentais para a classificação histórica da equipe para a segunda fase do torneio.

Para garantir uma vaga direta no mata-mata, o Atlético precisou superar grandes oponentes no grupo G, começando com um clássico contra a AMF. O Atlético saiu atrás do placar, mas conseguiu o empate, depois de uma jogada de craque de Kauã que balançou a rede e mostrou o seu cartão de visitas logo na estreia.

“Agente trabalha pesado pra alcançar um bom resultado dentro de quadra e graças a Deus esse resultado tem sido positivo” comemora, Kauã. Apesar do esforço, nessa partida não possível evitar a derrota para o rival por 5 a 2.

Kauã artilheiro do Atlético Moreira ao lado do camisa 10 Tchuca. Foto: Fernanda Cantarelli.

Na segunda rodada, vitória por 4 a 3 sobre o visão Futsal, com o camisa 10 Tchuca marcando o gol do triunfo. Somente no último compromisso que os mirandense deslancharam e golearam o Visão Popular por 5 a 1. Artilheiro da equipe, Kauã falou da experiência de atuar na Copa Morena e representar os povos indígenas.

“É a minha primeira Copa Morena. Enxergo de forma positiva, sempre batalhamos duramente para ter um reconhecimento dentro do nosso esporte sul-mato-grossense. E hoje finalmente estamos conquistando o nosso espaço. Conseguiremos mostrar um pouco mais do nosso planejamento para continuar se mantendo dentro do cenário esportivo”, ressaltou.

 

Com apenas 17 anos, o jogador chamou a atenção dos adversários pelo bom desempenho apresentado na fase inicial. Mesmo diante de algumas sondagens, devido a visibilidade da competição, ele admitiu que pretende seguir no clube onde foi revelado.

“Fico muito feliz, por ver o meu trabalho sendo reconhecido dentro do estado. Porém, a minha meta no momento é me manter focado dentro da competição junto com o Atlético Moreira”, lembrou.

A classificação do Atlético Moreira é histórica e com isso, as etnias indígenas se sentem representadas pela equipe. Mesmo jogando na sede de Miranda, o grupo não está acostumado utilizar o ginásio municipal e geralmente joga na quadra local, na própria aldeia.

Os responsáveis pela administração, fazem um apelo em busca de ajuda, pois o clube não tem patrocínio e nem verba da prefeitura para manter as suas atividades. Na busca por dias melhores, os atletas se empenham e se dedicam com todo o esforço para valorizar a cultura dos verdadeiros guerreiros das quadras de MS.

 

Fonte: semretranca.com.br

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