Rappers indígenas de Dourados são atração no Rock in Rio 2022; música fala da realidade nas aldeias

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Imagens do trabalho com Alok (Divulgação no Faccebook do grupo - Fotos @edgarkanayko)

Depois de serem convidados a participar do próximo álbum do DJ Alok, o grupo Brô MCs, que cantam a realidade indígena nas aldeias Jaguapirú e Bororó, farão uma apresentação no palco Sunset do Rock in Rio. 

Com abordagem a temas relevantes para a comunidade indígena, os cantores Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto estão na estrada desde 2009. 

Dentre os temas abordados, eles relatam e denunciam problemas de consumo de drogas e álcool, altos índices de suicídios e a luta pela terra. O grupo é o primeiro formado apenas por integrantes indígenas a usar o rap como forma de expressão artística. 

O apelo pelo trabalho dos sul-matogrossenses, criados em Dourados, aumentou significativamente nos últimos anos porque eles passaram a denunciar a violência sofrida pelos povos indígenas do estado. 

O  grupo ainda mescla português e guarani nas letras das músicas proporcionando aspectos vibrante à construção da letra e tornando o som ainda mais chamativo. 

Em entrevista ao portal Uol em março de 2021, um dos integrantes Kelvin Mbaretê,  disse que a música é poderosa como uma flecha que penetra a cabeça das pessoas. “Muita gente só conhece indígena pelos livros e entende as nossas causas por meio do som. A música pode levar a informação mais rápido para quem não conhece a realidade nas aldeias”. 

Na mesma entrevista eles ainda se impressionam com o tanto que a música deles voam e como o que eles escreveram em Dourados é cantado por pessoas em São Paulo e em diversas partes do Brasil. 

A partir de 3 de setembro deste ano, dia em que o Brôs MCs se apresenta em um dos maiores festivais de música do mundo, o grupo ficará ainda mais impressionado com os horizontes que a música deles pode alcançar.

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