Escola do REME recebe prêmio por valorização da cultura indígena em Campo Grande

Com mais de 1,3 mil alunos, a escola conta com aproximadamente 300 deles indígenas da etnia Terena

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A confecção de calendários indígenas das etnias Terena e Kadiwéu e de dicionário bilíngue Terena com tradução para a Língua Portuguesa pelos alunos da Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio, no Jardim Noroeste, resultou em reconhecimento da unidade escolar que foi contemplada em primeiro lugar no Prêmio de Projeto de Ensino de História – Marçal de Souza Tupã’y, promovido pela Associação Nacional de História – Seção Mato Grosso do Sul (ANPUH/MS).

Com mais de 1,3 mil alunos, a escola conta com aproximadamente 300 deles indígenas da etnia Terena, que vivem na Aldeia Darci Ribeiro, no mesmo bairro onde fica a unidade. “É muito grande o envolvimento dos alunos, todas as atividades propostas eles abraçaram e realizaram. A escola tem um número significativo de indígenas e por isso é importante desenvolver um projeto voltado para eles, porque se sentem valorizados e respeitados”, afirmou a diretora-adjunta Marly Lopes Crisostomo.

Os professores, em conjunto com os estudantes, elaboraram – além dos calendários indígenas das etnias Terena e Kadiwéu, dicionário bilíngue Terena com tradução para a Língua Portuguesa -, artesanato e grafismo Terena e Kadiwéu, confeccionaram brinquedos indígenas e, por fim, produziram cartazes sobre a vida e a luta de Marçal de Souza.

A ação promovida pela ANPUH/MS constituiu de seleção, classificação e premiação de projetos escolares transformadores e inovadores no campo disciplinar da História, os quais deveriam ser executados por professores do ensino básico em escolas de Mato Grosso do Sul. Para a participação no referido projeto, a escola desenvolveu ações interdisciplinares nas áreas de História, Arte, Ciências e Língua Portuguesa. E todas foram apresentadas na “Feira de exposição da cultura indígena”, que encerrou o projeto desenvolvido pela escola.

Os calendários elaborados pelos alunos levaram em conta o estudo das constelações e o conhecimento da astronomia pelos povos indígenas, também foram feitos cartazes e quadrinhos sobre a história e a cultura indígena.

Os professores abordaram nas aulas os conhecimentos, tradições, cultura, artesanato das etnias Terena e Kadiwéu, em especial as diferenças entre os grafismos, pinturas corporais e calendários das duas etnias. Os estudantes também participaram de palestras sobre os conhecimentos, danças, comidas, costumes e cultura de diversas etnias indígenas pertencentes ao estado de Mato Grosso do Sul, como Guarani, Guató, Kinikinau, Atikum, além da Terena e Kadiwéu.

Fonte: PMCG – Foto: Divulgação Prefecg

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