Vander Loubet diz que demarcações de terras indígenas de MS devem começar em Sidrolândia

Deputado federal esteve junto da Ministra Sônia Guajajara em Rio Brilhante, durante recente visita do Governo Federal ao Estado

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Líder da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso, o deputado Vander Loubet (PT), destacou ao Correio do Estado que as demarcações indígenas do Estado devem começar nas terras indígenas de Sidrolândia, onde o espaço é ocupado em grande parte por indígenas da etnia Terena.

Cabe destacar que o deputado disse que as tratativas ainda são incipientes, iniciais, e que o processo foi tratado junto à Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que passou por Campo Grande e esteve em Rio Brilhante, neste fim de semana. O município foi palco de conflitos no início do mês. 

Segundo Loubet, “o caminho é o diálogo, acho que aqui (MS) temos o acúmulo suficiente para encontrarmos saída para aquisição de algumas áreas de conflitos”, disse.

De acordo com o parlamentar, os trâmites sobre as demarcações devem partir das tratativas já iniciadas anteriormente pelo Governo Federal. “Evidente que as conversas com o Governo Federal, é para que este possa pagar, indenizar e amenizar o sofrimento dessas etnias indígenas”, finalizou. 

As tratativas entre Loubet e Governo Federal devem se estreitar durante o mandato do Governo Lula.

Eleito o líder da bancada federal de Mato Grosso do Sul em Brasília em fevereiro deste ano, Loubet trabalhará fazendo a ponte entre a bancada federal, governo do Estado e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Loubet irá compor a caravana  que irá à China nesta semana. 

Em recente entrevista ao Valor Econônico, o Governador do Estado, Eduardo Riedel falou sobre  a questão fundiária e as demarcações de terras em MS. 

“(..) a questão fundiária gera conflitos por uma outra situação. Os proprietários foram titulados 100 anos atrás. A vida seguiu, passa de pai para filho, divide, vende, tudo com título da União originário. A questão fundiária indígena do norte do país, onde as terras são da União,é completamente diferente. Aqui, a União errou lá atrás ao dar o título. Então se agora há identificação de que é terra indígena, tem de indenizar aqueles que receberam título de propriedade. Esse caminho é reconhecido pelo governo federal. Acho que é o adequado.” , disse

A fala do Governador em partes se alinha ao posto pelo Membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Mato Grosso do Sul, Matias Benno Pempel.

O missionário destacou ao Correio do Estado que o movimento indígena quer que o rito de demarcação de terras seja mantido, amparado pelo Decreto No 1.775, de 8 de janeiro de 1996, que versa sobre as demarcações indígenas do país, evitando assim “interpretações e problemas futuros” aos indígenas que lutam pelas terras.

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