Os temporais e cheias que deixaram 85 mortos e mais de 100 desaparecidos no Rio Grande do Sul já afetaram 8.021 famílias indígenas. Os dados foram divulgados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) nesta segunda-feira (6).
A Funai não detalhou o número de pessoas nem onde ficam as comunidades prejudicadas. No entanto, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), cerca de 80 povoados afetados ficam em 49 municípios.
As comunidades Guarani Mbya, em Porto Alegre; Yva’ã Porã, em Canela; Flor do Campo e Passo Grande Ponte, em Barra do Ribeiro; e Araçaty, em Capivari do Sul, são as mais afetadas, diz a entidade, que é vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A Funai afirma que as comunidades precisam, além da reconstrução de moradias, de doações como água potável, materiais de higiene e limpeza, lonas, telhas, colchões e cobertores. O centro de coleta de donativos fica na Paróquia Menino Jesus de Praga, localizada na Rua Dr. Pitrez, n° 61, bairro Aberta dos Morros, em Porto Alegre.
A presidente da Funai, Joenia Wapuchana, relatou que a população indígena precisa de serviços como a emissão de 2ª via de documentos.
“Estamos trabalhando para fazer essa articulação e integração das intuições públicas e para que as questões das comunidades indígenas sejam incorporadas nos planos de trabalho, tanto dos municípios quanto do estado e nas ações do Governo Federal”, diz.