Terras indígenas terão R$ 55 milhões para conservação da biodiversidade

Entram no projeto as aldeias Lalima, Cachoeirinha, Taunay-Ipegue, Kadiwéu e a Reserva Indígena de Dourados - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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Foto: Divulgação/MPI

O Ministério dos Povos Indígenas anunciou a aprovação do projeto “Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas”, com investimento do Fundo Global de Desenvolvimento. A iniciativa, que será desenvolvida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, receberá um aporte de aproximadamente R$ 55 milhões para apoiar projetos em cinco biomas brasileiros, incluindo o Pantanal e o Cerrado em Mato Grosso do Sul. As informações são do Jornal O Globo.

As áreas beneficiadas nos biomas Pantanal e Cerrado incluem as aldeias Lalima, Cachoeirinha, Taunay-Ipegue, Kadiwéu e a Reserva Indígena de Dourados. O projeto terá duração de cinco anos com ações para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, com foco no apoio às populações indígenas que desempenham um papel crucial na preservação das florestas e outros biomas.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância da iniciativa em comunicado. “Concebemos esse projeto para valorizar o conhecimento dos povos indígenas sobre a preservação do meio ambiente e para mostrar como eles podem ajudar a sociedade a ter uma relação mais respeitosa com a natureza, transformando até os padrões de consumo e as relações com a biodiversidade”, afirmou.

Carlos Manuel Rodríguez, presidente do Fundo Global para o Meio Ambiente, ressaltou a contribuição vital dos povos indígenas para a conservação da natureza. “Os povos indígenas desempenham um papel fundamental como guardiões de vastas áreas florestais e outros biomas, preservando a biodiversidade ameaçada e fornecendo serviços essenciais de ecossistema, como água doce”, declarou.

Um dos diferenciais do projeto é a liderança indígena na implementação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental, que são documentos elaborados pelos próprios indígenas em parceria com o Ministério para definir diretrizes de preservação dos territórios. Fábio Leite, gerente da Agência GEF-FUNBIO, explicou que parte dos recursos será diretamente administrada por organizações indígenas, com apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil quando necessário.

O projeto beneficiará 61 mil indígenas de nove etnias. Em Mato Grosso do Sul atinge os Kadiwéu, Terena, Kinikinau e Guarani Kaiowá, pelo Brasil ainda financiará ações dos Kayapó, Munduruku,  Pataxó, Pankararu e Tremembé, abrangendo cerca de 6,4 milhões de hectares.

CAMPO GRANDE NEWS

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