O primeiro Encontro dos/as Trabalhadores/as Indígenas de MS, que vai acontecer nos dias 10 e 11 de novembro na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) em Campo Grande, vai debater diversas questões que envolvem os índios em relação ao trabalho. O evento conta com a realização do Coletivo de Trabalhadores/as Indígenas de MS, com parceria do MPT (Ministério Público do Trabalho).
Os temas que serão abordados incluem a Importância do trabalhador indígena no mercado de trabalho; Organização dos trabalhadores/as indígenas; Inserção dos indígenas no Mundo do Trabalho; Problemáticas e desafios; a reforma trabalhista, entre outros assuntos inerentes a questão.
As principais aldeias e comunidades indígenas estão sendo visitadas e informadas sobre o encontro. “Pela receptividade e a confiança conquistada junto às lideranças de todas as etnias, acreditamos num encontro histórico em nosso Estado”, afirma o coordenador do Coletivo Indígena, José Carlos Pacheco.
Segundo José Carlos, uma das etnias que mais sofre é o povo kaiowá guarani da região do Conesul (Dourados, Caarapó, Amambaí, Coronel Sapucaia e outras cidade adjacentes) e que dentre as atividades exercidas por eles como domésticas em residências ou trabalho no campo, “muitos empregadores exploram a mão de obra indígena sem as mínimas condições de trabalho e remuneração. São obrigados a trabalhar por baixa remuneração e muitos desses trabalhadores e trabalhadoras saem dessas frentes de trabalho sem direito trabalhista, em situação de trabalho escravo, que em alguns casos é comum, infelizmente, em nosso estado do MS”, adiciona ele
Sobre o Coletivo
Criado em 2011, o Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras Indígenas do MS tem como principal objetivo o debate da organização dos trabalhadores indígenas. “Queremos contribuir para que os diferentes segmentos de nosso contingente se conscientizem e se unam para que os anseios de todos se tornem realidade”, observa o coordenador do Coletivo.
José Carlos informa que o Estado possui a segunda maior população indígena do Brasil, com cerca de 80 mil índios, oriundos das etnias terena, kaiowá guarani, atikum, kadiwéu, guató, kinikinawa, ofaié e outros, sendo que a maior concentração do contingente está nas nas cidades de Miranda, Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Amambaí, Caarapó, Coronel Sapucaia, Sidrolândia, Paranhos e Campo Grande.
Local do evento e Programação:
Dias 10 e 11 de novembro, Anfiteatro do Biblioteca, UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Cito, Avenida Tamandaré Nº 6000, Jardim Seminário, Campo Grande, MS.
Dia 10: Abertura as 19h30, Coletivo de Trabalhares Indígenas MS, MPT/MS, Lideranças, Agentes públicos federal, estadual e municipal e comunidades Indígenas de MS.
Dia 11/11 – Palestras:
8h – Trabalhador Indígena e a Reforma Trabalhista – Palestrante com o Procurador do Trabalho em Dourados Dr. Jéferson Pereira.
9h30 – a importância do Trabalhador Indígena no Mercado de Trabalho: Palestrantes – Coordenador da comissão Permanente de Fiscalização e Investigação ao Trabalho Escravo em MS Dr. Moacir Paullet e Coordenador do Coletivo de Trabalhadores Indígenas Sr. José Carlos Pacheco;
10h30 – Direitos Humanos e o Trabalhador indígena – Procurador do Trabalho em Campo Grande Dr. Jonas Ratier Moreno;
11h – Saúde do Trabalho Indígena – Assistente Social Drª Estela Márcia Rondina Scandola;
12h – Plenária Final- Problemática e os Desafios – Indicação de Proposta e documento final;
13h – Almoço.
Contato: (67) 99626-1928, com José Carlos Pacheco.
Redação/Rádio Terena