Mortalidade infantil indígena no Brasil ainda preocupa diz UNICEF

o Brasil ainda tem mais de 37 mil falecimentos nessa idade. A maior parte desses bebês é indígena, que têm o dobro de chance de morrer antes do primeiro aniversário que os demais recém-nascidos brasileiros.

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Hoje é o primeiro dia da vida de quase 386 mil bebês em todo o mundo. A estimativa foi divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Mais da metade dos nascimentos deve acontecer em nove países, pela ordem: Índia, China, Nigéria, Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, República Democrática do Congo, Etiópia e Bangladesh.

Bebês acolhidos pelo Lar da Criança Padre Cícero, instituição que cuida mais de 20 crianças e adolescentes

 

O Unicef divulgou os dados a fim de alertar para um problema mundial: a mortalidade infantil. Segundo a instituição, em 2016 cerca de 2,6 milhões de bebês morreram antes de completar o primeiro ano de vida. Mais de 80% dessas mortes ocorreram por causas que poderiam ser evitadas, como parto prematuro e infecções.

A desigualdade mundial faz com que a expectativa de vida de diferentes países seja muito diferente. Enquanto na Suécia uma criança nascida neste ano pode viver até os 83 anos de idade, uma pessoa da Somália vai até os 57 anos, segundo o Unicef.

Apesar de ter reduzido a mortalidade de crianças menores de 1 ano em mais de 25% entre 2005 e 2015, o Brasil ainda tem mais de 37 mil falecimentos nessa idade. A maior parte desses bebês é indígena, que têm o dobro de chance de morrer antes do primeiro aniversário que os demais recém-nascidos brasileiros.

Para cobrar soluções contra a mortalidade infantil, o órgão das Nações Unidas vai lançar, no próximo mês, a campanha Toda Criança Viva. Ações como o fornecimento de água potável e eletricidade constantes em unidades de saúde, desinfecção do cordão umbilical e amamentação na primeira hora depois do nascimento podem ajudar nessa missão.

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