Os quatro postos de saúde localizados nas aldeias Jaguapiru e Bororó e uma na aldeia Panambizinho em Dourados estarão sem atendimento nesta quinta-feira (07). Funcionários da saúde estarão em protesto e não está descartado fechamento da MS-156, rodovia que passa pelas aldeias que liga Dourados ao norte do Estado.
Os servidores da saúde são contra processo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília, que fez chamamento público de empresas para serem responsáveis pela contratação da mão de obra na área da saúde indígena no Brasil.
Em Dourados e boa parte das cidades sul-mato-grossenses é a ONG Missão Evangélica Caiuá a responsável por esse processo. Segundo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) em Dourados, Leoson Mariano Silva, a Sesai fez alterações no edital de forma que a ONG não participasse do chamamento.
“Não somos contra esse processo de contratação de empresas, no entanto, estão fazendo de tudo para impedir a participação da ONG Missão Caiuá”, disse ele, reiterando que a Missão sempre foi uma boa prestadora de serviço na contratação de mão de obra da saúde.
De acordo com o presidente, esse chamamento ocorreu em razão de problemas com algumas empresas no País . “Mas aqui em Mato Grosso do Sul não ocorreu nada de errado e agora querem generalizar”, afirmou.
Nesta quarta-feira (7), Leoson e uma equipe de indígenas representantes da Condisi de diferentes cidades de MS estão em agenda em Brasília. Foram na Funai e mantiveram contato com deputados federais e em ministérios.
“Queremos que todas empresas possam participar desse chamamento público, de forma que nenhuma delas seja direcionada para esse processo”, informou Leoson.
Amanhã (8), indígenas estarão reunidos nas 14 bases da Condisi em Mato Grosso do Sul. A previsão é que não aconteça atendimento na saúde indígena no Estado e cada polo organizará suas manifestações.
O objetivo é chamar a atenção da Sesai, sobre o descontentamento de supostamente tirar a Ong Missão Evangélica Caiuá do chamamento público. Se não forem ouvidos, não está descartado novas paralisações dos funcionários da saúde e protestos pelo Estado. com informação douradosagora.
Redação/Rádio Terena