Homicídios de mulheres negras e indígenas faz com que o Brasil ocupe a 5ª posição no ranking de 83 países

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Foto: Divulgação

Em um ranking com 83 países, o Brasil tem a quinta maior taxa de homicídios de mulheres. Segundo o relatório Retrato do Gênero no Brasil Hoje, do Banco Mundial. E esses homicídios afetam principalmente as mulheres negras e indígenas.

A região Sudeste é a que tem os menores índices de homicídios de mulheres (3,8 casos para cada 100.000 mulheres). Foi a única a registrar uma diminuição entre 2003 e 2013 (casos diminuíram 29,3%). Nas regiões Norte e Nordeste, no mesmo período, a taxa de homicídios de mulheres subiu mais de 75%. O aumento se concentrou, principalmente, entre as mulheres negras e indígenas, particularmente no Nordeste, onde o índice de homicídios de negras e pardas aumentou 103% ao longo da década.

As mulheres indígenas são as mais vulneráveis à violência. Em 2012, o índice médio de homicídios de mulheres no país foi de 4,6 por 100.000. O número foi quase duas vezes maior entre as indígenas: 7,3 por 100.000. Além disso, em 2015, o índice de suicídios dessa população foi de 5,8 por 100.000, mais que o dobro da média feminina brasileira, de 2,2.

A violência afeta todos os grupos de mulheres e meninas, independentemente da renda, idade ou educação. No entanto, mulheres e meninas que vivem em áreas rurais enfrentam diferentes riscos e desafios na resposta à violência. O contexto rural inclui elevados níveis de pobreza, menor acesso à educação superior e ao trabalho decente, menor capacitação econômica e proteção social, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade de mulheres que estão em relacionamentos abusivos. Em áreas rurais, os serviços para as mulheres são menos acessíveis e, por vezes, inexistem. Os serviços públicos muitas vezes não respondem às necessidades e desafios das mulheres rurais, que vão desde condições limitadas de mobilidade à precariedade dos serviços públicos disponíveis. Com informações redação observatório 3º setor. 

 

 

Redação/Rádio Terena

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