Trabalhadores indígenas ficam mais tranquilos após reabertura de abates e liberação parcial dos bens da JBS

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Apesar da empresa JBS do município de Sidrolândia não sofrer paralisação no abate de frango , os trabalhadores indígenas sentem se mais tranquilos após a reabertura  dos setes frigoríficos de carne da JBS de MS e do desbloqueio parcial dos bens que foram bloqueados pela justiça.

Os indígenas temiam que com o bloqueio dos bens da empresa os seus salários ficassem comprometidos e consequentemente acarretariam em dificuldades nas despesas familiares.

Há mais de 150 indígenas contratados  pela empresa que diariamente se deslocam das aldeias da terra indígena Buriti à sede da empresa localizada na BR 060 no município de Sidrolândia e que tem-na  como única fonte de renda. Sabe-se que há também centenas de indígenas que moram nas aldeias “urbanas” e outras na cidade vivendo de aluguel. Estes vieram de outras aldeias de cidades adjacentes visando ter oportunidade de emprego.

Em conversa com um dos trabalhadores indígenas que participou da manifestação ocorrida na semana passada em frente a Assembleia Legislativa  relatou que os boatos de que empresa de Sidrolândia fechariam as portas deixou todos apreensivos.

“Felizmente não aconteceu a paralisação aqui, todos ficaram preocupados mas agora tranquilos com a divulgação de que os bens foram desbloqueadas e os abates nos frigoríficos estão acontecendo. É claro que a preocupação continua porque muitos dependem do salário daqui” relatou.

Com o histórico de descumprir acordo, tornando-se, inclusive, alvo de CPI na Assembleia Legislativa, a JBS promete dar cinco bens, avaliados em R$ 743 milhões como garantia na ação judicial. Outra medida de proteção da comissão parlamentar de inquérito é incluir cláusula retomando o bloqueio de bens caso o novo acordo não seja honrado.

 

Gildson Gabriel/Rádio Terena

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