Presidenciável pelo PSOL quer demarcação de terras indígenas e tecnologia na fronteira em MS

Pré-candidato a Presidência da República apresentou algumas propostas para Mato Grosso do Sul

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Guilherme Boulos (Foto: Marina Pacheco)

O pré-candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos, afirmou que vai dar prioridade a demarcação de terras indígenas caso seja eleito, incluindo os territórios que estão em discussão em Mato Grosso do Sul. Também ponderou que pretende investir em inteligência e tecnologia, com operações coordenadas, para atuar na região de fronteira.

Em entrevista os site Campo Grande News, Boulos fez questão de apresentar suas propostas para setores importantes de Mato Grosso do Sul, como a questão do campo. “Temos que ajudar a agricultura familiar que leva 70% da comida para os lares brasileiros, eles é quem precisam de incentivo, crédito para poder crescer. Estes produtos precisam seguir para cidade, comércio e escolas”.

Ele explicou que caso seja eleito, a demarcação de terras indígenas será prioridade, assim como a retomada da reforma agrária. “Precisamos apoiar os povos que estão há mais de 500 anos aqui no Brasil. Eles precisam ser respeitados e valorizados. Não vou ficar refém do agronegócio que financia campanhas, elegem bancadas para defender suas pautas em Brasília”. Ainda mencionou que vai “endurecer” as regras contra os agrotóxicos.

Sobre a segurança na fronteira, disse que o foco será em inteligência, em operações coordenadas, assim como investimentos em prevenção. “Monitoramento via satélite, com polícia única e desmilitarizada, as Forças Armadas apenas em ações esporádicas nesta faixa (fronteira), mas em hipótese alguma nas cidades, onde não é o seu lugar”.

Ele quer mudar o modelo de segurança atual. “Esta ação mais ostensiva feita há 30 anos não traz resultados, temos é que retirar o jovem do mundo do crime, dar oportunidades de lazer, cultura, trabalho e emprego, ao mesmo tempo atacar o tráfico de armas e drogas, desbancar as organizações criminosas”.

Grandes fortunas – Boulos disse que uma das suas bandeiras é “cortar privilégios” e mudar o sistema de tributação, com impostos maiores sobre as grandes fortunas. “No Brasil temos o ‘Robin Hood’ ao contrário, pois a carga tributária tira dos pobres para dar aos ricos. Se paga tributo sobre carro, mas quem tem jatinho não paga, temos que mudar esta lógica”.

Também busca mudanças no sistema econômico. “Temos uma crise grave porque se cortou investimentos públicos, com isto se diminui as atividades, reduz emprego e renda, o consumo e a arrecadação é menor, faremos o contrário. Vamos ampliar os investimentos em infraestrutura, habitação, saneamento, saúde e educação, para gerar mais emprego”.

Campanha – Em chapa com o apoio do PCB e dos movimentos sociais, Boulos afirma que não vai fazer “balcão de negócios” para ter aliados e que o atual modelo político está “falido”, por isto a descrença da população. “Ninguém acredita mais nos políticos, um dos erros do PT foi fazer coalizão com aqueles que sempre estiveram no poder, nós vamos manter nossa linha, somos respeitados porque temos coerência”.

Para montar o plano de governo, abriu uma plataforma digital, onde está recebendo propostas. “São 3 mil demandas enviadas em 30 dias, o nosso trabalho é coletivo. Vamos fazer nossa arrecadação com doações dos militantes para as viagens e campanha, nós não temos aliados e sim pessoas que acreditam no projeto”.

 

Campo Grande news

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