MEC lança licitação para construir 18 escolas indígenas no AM

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Ministro da Educação, Rossieli Soares, lançou um edital de licitação para construção de escolas indígenas no Território Etnoeducacional do Rio Negro (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

O Ministro da Educação, Rossieli Soares, lançou um edital de licitação para construção de escolas indígenas no Território Etnoeducacional do Rio Negro, no Instituto Federal do Amazonas (IFAM), nesta segunda-feira (13). 18 espaços educativos devem ser construídos nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, para a educação dos povos indígenas em áreas mais isoladas do Estado.

Uma cerimônia para lançamento do edital teve início por volta de 10h30. O Ministro da Educação, Rossieli Soares, informou que, ao total, 50 escolas indígenas devem ser construídas no Alto Rio Negro. Em primeira parte, foi lançado o edital para as 18 primeiras escolas. As demais, segundo ele, devem ser lançadas no decorrer do ano.

“Temos um grande desafio no Amazonas, que é atender a população ribeirinha e indígena. Temos uma demanda de mais de 800 escolas, só no Amazonas, que precisam ser olhadas. Buscamos pilotos de testes que demonstrem qual é o caminho que possa chegar a atender todas as comunidades”, disse o Ministro da Educação.

 
Ministro da Educação, Rossieli Saores, lançou edital para construção de 18 primeiras escolas (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Ministro da Educação, Rossieli Saores, lançou edital para construção de 18 primeiras escolas (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

Ainda conforme o Ministro, o edital deve ser publicado na terça-feira (14), para que a licitação seja concluída nos próximos meses. Ele explicou ainda que a expectativa é de que, até o fim de 2019, as escolas já estejam funcionando. O investimento garantido pelo Ministério da Educação para as construções é de R$ 40 milhões.

O Procurador da República, Fernando Merloto Soave, representante do Ministério Público Federal (MPF), falou sobre o edital e a construção das escolas no território acompanhado por eles. Segundo ele, há um déficit de 800 escolas no Amazonas em que existem professores e alunos, mas não há o espaço físico adequado para as aulas.

“O Amazonas tem um histórico de licitaturas feitas para escolas que pararam no meio. Isto por vários motivos, como infraestrutura, logística, dificuldade de locomoção, até desvio de verbas. O ex-ministro da Educação esteve presente em São Gabriel da Cachoeira em 2016 e firmou o compromisso de construir 50 escolas na região, diretamente pelo Governo Federal”, disse Soave.

Ainda conforme o Procurador da República, cada povo pede que eles mesmos sejam os responsáveis pelas construções das escolas, em cada área, em cada etnia, de acordo com cada cultura. “A educação escolar indígena tem o seu padrão. O padrão de cada povo tem a sua realidade. Desde a forma estrutural da escola, de acordo com a cultura”, finalizou.

A representante da Federação Das Organizações Indígenas Do Rio Negro, Clarisse Tukano iniciou a cerimônia com falas sobre a importância da construção das escolas nos locais em que devem ser construídas. Para ela, os povos indígenas serão favorecidos com a educação escolar indígena de cada povo.

“Esse momento é tão importante para nós. Para os povos que vivem nos municípios. É uma conquista para nós. Com a região geograficamente complexa que temos no Amazonas, essas escolas vão atingir as ‘pontas’ do Estado, nas aldeias, para fortalecer nossas culturas, identidades, língua e costumes”, finalizou Tukano.

G1/AM

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