Reunião na Sejusp discute solução pacífica em área de conflito

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Ao Centro, secretário de segurança de MS, Carlos Videira. (Foto: Divulgação)

Reunião na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) nesta quinta-feira (30) debateu soluções pacíficas para o conflito entre índios e produtores rurais na região de Caarapó, a 283 km de Campo Grande. A Fazenda Santa Maria foi retomada no domingo (26), por pelo menos 100 índios Guarani-Kaiowá e a Polícia Militar fez uma operação, que prendeu um indígena de 70 anos e gerou abertura de inquérito por parte do MPF (Ministério Público Federal).

O encontrou reuniu o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, o procurador federal da AGU (Advocacia Geral da União), Tiago José Figueiredo da Silva, e o coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Dourados, Silvio Raimundo da Silva.

Segundo o governo do Estado divulgou, o procurador e coordenador da Funai procuraram o secretário para discutir ações conjuntas para o entendimento e solução do problema, sem a necessidade de confrontos e intervenção policial. 

Silvio se comprometeu em solicitar à presidência da Funai, em Brasília, apoio do Ministério da Segurança Pública e envio da Força Nacional à região de conflito, o mais rápido possível, para que seja mantida a ordem e a tranquilidade. O envio de forças federais para o local já foi autorizado pelo Governo Federal.

Videira, durante a conversa, argumentou que o Governo do Estado sempre atuou para evitar situação de confronto ou violência entre indígenas e proprietários rurais e que sempre agiu para que as questões sejam resolvidas de forma pacífica e em comum acordo entre as partes.

O secretário repetiu o argumento de que a ação da Polícia Militar ocorrida na última segunda-feira (27) se deu em razão do cometimento de crimes de roubo qualificado, cárcere privado e danos ao patrimônio particular.

Operação – Durante a ação, que levou à fazenda homens do Batalhão de Choque, de Campo Grande, e que foi acompanhada, de helicóptero, pelo secretário e pelo comandante da Polícia Militar, coronel Valdir Acosta. Um indígena de 70 anos foi preso em flagrante por roubo e resistência.

Segundo os proprietários, que acionaram a polícia, funcionários foram feitos reféns, mas liberados após a chegada de policiais militares.

Na terça-feira, o MPF abriu inquérito para saber se a ação da PM teve suporte legal. A investigação será feita pela Polícia Federal. Segundo o Ministério Público Federal, os indígenas estão na fazenda com aval do STF (Supremo Tribunal Federal), que derrubou uma ordem de reintegração de posse em abril deste ano. A decisão é da ministra Carmem Lúcia, presidente da corte.

 

campograndenews

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