Há mais de 100 dias, avião que transportava indígenas ainda não foi encontrado

Família dos indígenas desaparecidos pedem a FAB que reiniciem as buscas.

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Avião monomotor PT-RDZ transportava sete índios Tiriyó, além do piloto, e desapareceu na Amazônia no dia 2 de dezembro — Foto: Flávia Moura/Arquivo Pessoal

O desaparecimento da aeronave que transportava uma família indígena Tiriyó, no Amapá, completou nesta semana 100 dias. O piloto e sete indígenas embarcaram no dia 2 de dezembro na Aldeia Mataware, no Parque do Tumucumaque, rumo ao município de Laranjal do Jari, no Amapá, mas não chegaram ao destino. O piloto chegou a informar pane no sistema antes de perder contato.

A Força Aérea Brasileira (FAB) investigou o caso, mas suspendeu as buscas no dia 17 de dezembro.

Aventino Tiiriyó, um dos líderes da comunidade, afirma que os indígenas temem novos acidentes, já que a única forma de acesso à aldeia é via aérea. Ele pede que a FAB retome o trabalho de buscas pela aeronave desaparecida. “Os familiares e pais aqui estão muito tristes porque não conseguem achar avião. Querem pelo menos fazer cantos e louvores para o nosso grande Deus. E a gente ficou muito triste por causa dessa situação.”

Em nota, a FAB afirma que fez buscas com duas aeronaves e um helicóptero. As equipes percorreram uma distância em linha reta de mais de 20 mil quilômetros, equivalente a uma viagem entre São Paulo e Tóquio.

Cerca de 60 militares participaram das operações, mas não foram encontrados vestígios da aeronave, da família indígena e do piloto. A região montanhosa e a mata fechada teriam prejudicado o trabalho.

De acordo com a FAB, as buscas foram suspensas após o cumprimento de padrões internacionais.

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