Se prosperar um projeto de lei do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) Sidrolândia poderá ter uma segunda língua oficial desde que seja de origem indígena. A matéria foi apresentada pelo parlamentar sul-mato-grossense na quarta-feira (22) passada na Câmara dos Deputados para instituir a segunda língua indígena em todos os municípios brasileiros que possuem comunidades indígenas.
Se o projeto virar lei, o Terena provavelmente será a segunda língua oficial de Sidrolândia. No município a população indígena predominante é a etnia terena que está estimada em mais de 3.500 habitantes e residem nas aldeias Córrego do Meio, Lagoinha, Tereré, Nova Tereré, 10 de Maio e Nova nascente.
Em Mato Grosso do Sul, com a segunda maior população indígena do Brasil, apenas um município emprega como cooficial a língua. “Nosso país tem uma diversidade enorme, lingüística e cultural, e essa cooficialização da língua indígena em municípios que possuem comunidades das etnias vão garantir o resgate cultural e histórico para os povos. Reforçando ainda a luta contra o preconceito sofrido por anos”, ressaltou Dagoberto.
Atualmente, existem três municípios brasileiros já aprovaram leis que reconhecem as línguas indígenas como cooficiais, são eles: São João da Cachoeira, no Amazonas; Tacuru, no Mato Grosso do Sul e Bonfim, em Roraima.
Agora o projeto encontra-se aguardando despacho do presidente da Câmara dos Deputados, para seguir para as devidas comissões.
No Brasil existem mais de 250 linguas faladas, além do português e destas 180 são indígenas o que coloca entre os dez países mais multilíngues do mundo.
Interessante que o PL se estendensse para o Nordeste. Nossas 15 etnias do Ceará precisa de mais apoio para voltar a falar o tupi.