A Polícia Federal cumpriu nesta segunda-feira (30) a primeira parte da decisão judicial que determinou a reintegração de posse da Terra Indígena Trincheira Bacajá, do povo indígena Xikrin, entre Altamira e São Félix do Xingu, sudoeste do Pará. Os agentes intimaram os invasores para que deixem a área ocupada no prazo de sete dias sob pena de multa diária de mil reais e retirada forçada.
O líder do movimento que ocupou ilegalmente a terra indígena Xikrin, e presidente da Associação Terra Prometida, foi identificado e auxiliou nas negociações com os demais invasores para que fosse realizada a reintegração de posse. Participaram da reunião quase uma centena de pessoas que ao final sinalizaram pelo cumprimento da decisão judicial.
A ação contou com o apoio da Força Nacional, Exército, e membros do Ministério Público Federal (MPF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), que deram suporte ao Oficial de Justiça.
Lideranças Xikrin denunciaram ameaças de morte e queimadas dentro da Terra Indígena. Autoridades sobrevoaram a região e encontraram áreas desmatadas, invasões e garimpos ilegais.
Segundo a PF, os invasores foram alertados que após o prazo de sete dias, equipes da PF, Força Nacional, Exército, Funai e MPF retornariam ao local para avalizar a situação e verificar se a decisão judicial fora cumprida. Caso contrário, os manifestantes que permanecerem na Terra Indígena Trincheira Bacajá poderiam ser alvo de retirada forçada, além do pagamento de multa diária.