Depois de ouvir ruralistas, em reunião que durou mais de duas horas, o Secretário Especial de Assuntos Fundiários do Governo Federal, Luiz antônio Nabhan Garcia e o presidente em exercício da FUNAI (Fundação Nacional do índio), Alcir Amaral Teixeira, se reuniram nesta segunda-feira na Delegacia da Polícia Federal.”Temos conhecimento que os indígenas que estão invadindo não são nem daqui”, em referência a possibilidade de terem vindo de outras regiões”, explica Teixeira.
O objetivo dessa reunião, que também contou com a participação de representantes das forças policiais de Mato Grosso do Sul, segundo, segundo o presidente em exercício da Funai é “traçar uma linha para minimizar esse conflito. Teixeira explicou que o órgão está levantando informações da área e diz se tratar de terras invadidas.
Teixeira, que é Delegado da Polícia Federal e está há cinco meses no comando da Funai de forma interina, ressaltou que a nova administração do órgão é “altamente legalista” e que não é inimigo do pecuarista, mas que ele também existe para defender os direitos do indígenas também. “Mas nós vamos defender o direito de quem tem direito. Tanto o pecuarista quanto o indígena”, disse.
Embora interino, o presidente deixou clara a posição da Funai diante dos acontecimentos relacionados aos conflitos recentes que envolvem indígenas e produtores de Dourados. “Não aceitamos e nem vamos dar apoio a nenhuma invasão”, ponderou Teixeira.Segundo ele, os próximos passos do órgão será apurar, junto com as forças de seguranças, quem são os responsáveis por essas situações.
O secretário especial, segundo apurado pela reportagem, não conversou com lideranças indígenas. A tarefa coube ao presidente em exercício da Funai (Fundação Nacional do Índio), o delegado da Polícia Federal Alcir Teixeira Gomes. A reportagem não conseguiu falar com lideranças, nem com o MPF (Ministério Público Federal), oficialmente responsável pela defesa dos índios, que ainda está em período de recesso.
Representante do governo do Estado na oportunidade, o secretário-adjunto de Justiça e Segurança Pública, o coronel da Polícia Militar Ary Carlos Barbosa, considerou a vinda dos representantes do governo federal positiva e indicador de necessidade de “trabalho conjunto” para equacionar os problemas no local.